Significado de Salmos 43

Salmos 43

O Salmo 43 é uma oração por libertação que se assemelha muito ao Salmo 42. O salmista expressa seu profundo anseio pela presença de Deus e seu desejo de ser justificado por seus inimigos. Este salmo é marcado pela repetição do refrão “Por que estás abatida, ó minha alma? Por que está tão perturbada dentro de mim? Põe a tua esperança em Deus, porque ainda o louvarei, meu Salvador e meu Deus.”

Um dos temas centrais do Salmo 43 é o apelo do salmista pela justiça e proteção de Deus. Ele pede a Deus que o justifique de seus inimigos e o defenda contra aqueles que o estão atacando. Esse tema da justiça e proteção de Deus é um tema comum em todos os salmos, pois os crentes se voltam para Deus em tempos de angústia e buscam a libertação Dele.

Outro tema importante no Salmo 43 é a confiança do salmista na fidelidade de Deus. Apesar de seus problemas e dúvidas atuais, ele expressa sua confiança em Deus e sua confiança de que Deus virá em seu auxílio. Esse tema de confiar na fidelidade de Deus mesmo em circunstâncias difíceis é um tema central em toda a Bíblia e é um poderoso lembrete de que podemos ter confiança no amor e na provisão de Deus mesmo quando não entendemos Seus caminhos.

Resumo do Salmo 43

Em resumo, o Salmo 43 é uma oração poderosa por libertação e proteção que expressa o profundo desejo do salmista pela presença de Deus e sua confiança na fidelidade de Deus. Este salmo nos lembra de nos voltarmos para Deus em tempos de angústia e confiar em Sua justiça e proteção. Encoraja-nos a colocar a nossa esperança em Deus e a louvá-lo mesmo no meio de circunstâncias difíceis.

Significado do Salmo 43

O Salmo 43, como vimos, é possivelmente uma continuação do primitivo Salmo 42, poema que teria sido dividido em dois para facilitar seu uso no louvor do templo. Ele apresenta características de um salmo de lamentação e de um salmo de fé. Sua estrutura é a seguinte: (1) clamor de libertação ao Senhor (v. 1,2); (2) oração pelo retorno do salmista ao templo para adorar a Deus (v. 3,4); (3) novo clamor por esperança em Deus (v. 5).

Comentário ao Salmo 43

Salmos 43.1, 2 Faze-me justiça é uma declaração de inocência (Sl 17; 26; 35). O salmista assume a postura de um injustiçado. Por que me rejeitas? O que mais magoa o salmista não são as palavras de seus inimigos, mas a sensação de que Deus o rejeitou (Sl 13).

Salmos 43.3, 4 A tua luz e a tua verdade. O salmista pede a Deus para ser liberto. Consulte o Salmo 104.2 para saber o significado de luz; e o Salmo 100.5, para saber o significado de verdade. Somente a verdadeira luz de Deus poderia salvá-lo do engano e das trevas que o cercavam. Teus tabernáculos. Mais do que qualquer outra coisa, o salmista deseja se juntar à comunidade de adoração a Deus (Sl 149.1).

Salmos 43.5 Por que estás abatida. Estas palavras são um refrão neste salmo e no anterior (Sl 42.5,11). Em um momento de incerteza e aflição, o poeta urge seu íntimo, pelo poder de Deus, a continuar a crer. Sabe que um dia, pela graça de Deus, retornará ao lugar onde é louvado e cultuado o Senhor, o centro de adoração em Jerusalém.

Salmos 43:1-5

Envie sua luz e sua verdade

O Salmo 43 é uma continuação do Salmo 42 e forma um todo com ele. O Salmo 43 não tem título, o que torna plausível ver este salmo como uma continuação do Salmo 42. Além disso, o refrão que ocorre três vezes em ambos os salmos é um forte argumento para a unidade dos dois salmos (Salmos 42:5; Salmos 42:11; Sl 43:5). Além disso, a pergunta ocorre em ambos os salmos: “Por que ando de luto por causa da opressão do inimigo?” (Sl 42:9; Sl 43:2).

Há uma distinção, no entanto. Os inimigos no Salmo 42 são as nações; os inimigos no Salmo 43 são os compatriotas incrédulos. Este último é uma angústia ainda maior. O Salmo 42 é uma lamentação relacionada com memórias do passado. O Salmo 43 é uma súplica a Deus em relação ao inimigo dentro do povo, o anticristo, que também exercerá sua influência maligna sobre os judeus dispersos fora da terra.

O temente a Deus expande ainda mais sua necessidade diante de Deus. Ele agora pede que Deus o justifique e defenda seu caso (Sl 43:1). Deus pode fazer isso livrando-o de “uma nação ímpia” que é a massa ímpia do povo de Deus, e “do homem enganador e injusto”, que é o anticristo. A massa ímpia é a grande parte do povo de Deus que rejeita a aliança que Deus fez com o Seu povo e não a cumpre. O anticristo é o líder dessa massa ímpia. Ele toma o lugar de Cristo – como Absalão ocupou o lugar de Davi (2Sm 15,1-14) – e é, portanto, o homem do engano e da injustiça.

O temente a Deus chama Deus de “o Deus da minha força” (Sl 43:2), com o que quer dizer que conta com Deus para usar Sua força contra seus inimigos. Mas parece que Deus está usando Sua força contra ele, Seu servo fiel. De qualquer forma, Deus não usou Sua força para deter o inimigo. Afinal, Deus o rejeita. Esta é uma expressão mais poderosa do que ser “esquecido” por Deus, como ele diz no Salmo 42 (Sl 42:9). E isso enquanto ele vai “chorando por causa da opressão do inimigo” (cf. Sl 42, 9). Certamente então Deus percebe que ele está de luto porque sente muita falta da comunhão com Ele, não é?

Deus pode fazer algo mais por ele e isso é enviar Sua “luz” e Sua “verdade” para guiá-lo e levá-lo ao santo monte de Deus, que é Sião, e às Suas moradas, que são Seu templo (Sl 43: 3). Ao fazer isso, o remanescente, sem perceber, está pedindo a vinda do Senhor Jesus como o Messias. Ele é “a luz do mundo” (João 8:12) e Ele é “a verdade” (João 14:6). Isso contrasta fortemente com o anticristo, que afirma ser Deus, o que é uma mentira. Sua verdadeira natureza é a de um mentiroso. O Senhor Jesus é Aquele que revelou a verdade sobre Deus (João 1:1-18). Quando Ele for enviado por Deus, Ele trará Seu povo de volta à presença de Deus.

Podemos também pensar na Palavra de Deus que é luz e verdade (Sl 119:105; Jo 17:17). O temente a Deus não está preocupado principalmente com o retorno à terra e suas posses, mas com a presença de Deus. Ele já o experimenta quando Deus o conduz por Sua luz e Sua verdade. Seu objetivo com isso é ser levado ao “monte santo” de Deus, o Monte Sião, e às “moradas” de Deus, o templo. Ele anseia muito que a morada de Deus esteja com Ele ali.

Se Deus o fizer, então ele pode “ir ao altar de Deus” para sacrificar ali (Sl 43:4; cf. 2Sm 6:17). Ele pode ir ao próprio Deus, a quem chama de “minha grande alegria” e pode “louvá-lo” “na lira”. Deus é a fonte de sua alegria; ele encontra toda a felicidade Nele. Aqui o temente a Deus está na presença direta do próprio Deus. Ouvimos sua profunda alegria quando ele diz a Deus: “Ó Deus, meu Deus”. Então seu coração está em paz e ele pode dar graças a Deus em todas as tonalidades. Afinal, Deus está entronizado sobre os louvores de Israel (Sl 22:3).

Há uma ascensão em Salmos 43:3-4:

1. O monte sagrado de Deus,
2. As moradas de Deus,
3. Altar de Deus,
4. Deus, sua grande alegria.

O salmo termina com o refrão que aparece duas vezes no salmo anterior (Sl 43:5; Sl 42:5; Sl 42:11). Ele diz aqui, como no Salmo 42, que louvará a Deus porque o próprio Deus é “a ajuda [ou: atos salvíficos] da minha face” (Salmos 42:11). Ele também chama Deus de “meu Deus” aqui.

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