Significado de Salmos 31

Salmos 31

O Salmo 31 é uma oração de lamento e confiança em Deus. É atribuído a Davi e pode ser dividido em três partes: um pedido de libertação de Deus (versículos 1-13), uma expressão de confiança na fidelidade de Deus (versículos 14-18) e uma declaração de louvor e confiança (versículos 19- 24).

Na primeira parte do salmo, Davi suplica a Deus que o livre de seus inimigos e ouça seu clamor por socorro. Ele reconhece sua própria fraqueza e angústia, mas confia na misericórdia de Deus e pede a Ele que o conduza e o guie.

Na segunda parte do salmo, Davi expressa sua confiança na fidelidade e justiça de Deus. Ele declara que se alegrará e se alegrará na salvação de Deus, mesmo em meio a seus problemas. Davi confia na proteção e libertação de Deus e pede a Deus que mostre Sua bondade a ele e a Seu povo.

Na terceira parte do salmo, Davi declara seu louvor e confiança em Deus. Ele afirma que Deus é sua força e seu refúgio, e encoraja outros a confiar em Deus também. Davi reconhece que Deus foi fiel a ele no passado e expressa sua confiança de que Deus continuará a estar com ele no futuro.

No geral, o Salmo 31 é um salmo de lamento e confiança que expressa a dependência do crente de Deus para libertação e orientação. Encoraja-nos a confiar na fidelidade de Deus e a buscar Sua ajuda em tempos difíceis, sabendo que Ele é um Deus fiel e justo que ouve as orações de Seu povo.

Introdução ao Salmo 31

O Salmo 31 é um salmo de lamentação, mas tem um elemento de fé tão forte que também pode ser classificado como salmo de fé (como o Sl 23, por exemplo). Os salmos de fé surgem da profissão de fé que ocorre nos salmos de lamentação. Neste salmo, a relação entre as duas categorias é evidente. Existem nele duas seções principais. (1) apresentação de lamento no contexto da fé (v. 1-18); (2) apresentação de louvor no contexto do lamento (v. 19-24).

Comentário de Salmos 31

Salmos 31:1–5 A oração começa com uma enfática declaração de confiança. O salmista se refugiou no “Senhor”, isto é, o Deus que guarda a aliança (cf. Êx 3:15; 6:3; Sl 20:1). Com essas palavras, ele abre seu coração diante de seu Pai, que prometeu cuidar dele. Ele confia no Senhor porque sabe que não será envergonhado. O Senhor livrará por causa de seu nome, e ele é a “rocha” (HB 7446) e “fortaleza” (HB 5181) de seu povo da aliança. O Senhor se identifica com eles; sua honra está em jogo quando eles ferem, coletiva ou individualmente.

Como o Grande Pastor de seu povo, o Senhor conduz e guia (v.3; cf. 23:2–3). Em sua oração, o salmista busca uma demonstração da “justiça” do Senhor (v.1; HB 7407), uma perfeição divina pela qual o Senhor assegura aos seus que cuida de seu bem-estar. A natureza de seu problema não é especificada, mas envolve os inimigos que estão esperando para “apanhá-lo”.

Há uma urgência no pedido do salmista “venha depressa”. Apesar do trabalho de sua alma, ele se submete à justiça de Deus porque ele é “o Deus da verdade”. Como tal, ele é “refúgio” (HB 5057) para seu povo. Mesmo em sua grande necessidade, o salmista não desanimou. A sua confiança no Senhor é um ato de abandono: «Nas tuas mãos entrego o meu espírito» (cf. Lc 23,46). A expectativa de Deus de seu povo, antes e depois de Cristo, permanece a mesma.

Salmos 31:1-2

Chamada para Salvação

O salmo descreve a experiência de Davi de uma maneira que também se aplica ao remanescente crente. É um apelo e uma expressão de sua confiança. Algumas das declarações se aplicam ao Senhor Jesus, como Sl 31:5. As palavras da primeira linha desse versículo são ditas por Ele na cruz (Lucas 23:46). Muitas porções deste salmo também podem ser aplicadas a nós.

Davi escreveu o salmo em um momento de grande angústia. É a oração de uma pessoa que é desprezada, blasfemada e perseguida. Davi vivenciou tal situação muitas vezes. Podemos ver, portanto, que muitos de seus salmos se originaram dela. Neste salmo ele encoraja o crente deprimido a amar o Senhor e ser forte, pois o Senhor o guardará porque seus tempos estão em Suas mãos. A vida do crente está nas mãos de Deus, não nas dos inimigos ou das circunstâncias.

Várias vezes neste salmo vemos a transição da súplica para o agradecimento e vice-versa do agradecimento para a súplica:

Primeiro ciclo:

1. oração (Sl 31:1-2),
2. confiança (Sl 31:3-5) e
3. obrigado (Sl 31:5-8).

Segundo ciclo:
1. reclamação (Sl 31:9-13),
2. confiança (Sl 31:14-15),
3. oração (Sl 31:15-18) e
4. obrigado (Sl 31:19-24).

Vemos nelas uma representação da vida, que tem seus altos e baixos. Às vezes estamos no alto da montanha e outras vezes no fundo de um vale. Depois do vale subimos novamente, jubilosos, após o que podemos ter outro período de necessidade. Mas o salmo termina com agradecimento e encorajamento.

Para “para o regente do coro” (versículo 1a), veja Salmo 4:1. Para “um Salmo de Davi”, veja Salmo 3:1.

Davi diz ao SENHOR que “se refugiou” Nele (Sl 31:1). Com ênfase em “em Ti” ele declara que confia em Deus e se refugiou Nele, “o SENHOR”. O SENHOR é o Deus que é fiel à aliança, o EU SOU O QUE EU SOU. O salmo também termina com um encorajamento para aqueles que colocam sua esperança no SENHOR (Sl 31:24).

O SENHOR é o seu único abrigo. Ele não tem mais ninguém, nem quer mais ninguém. Ele não pode pedir a ninguém mais que não o deixe envergonhado. Só o Senhor é capaz de impedir isso e fazer isso de uma forma que nunca aconteça. Para isso não apela à graça de Deus, mas à sua “justiça”.

O caso pelo qual ele está orando envolve falsas acusações e ataques cruéis de inimigos. Contra estes, Deus deve agir com justiça e livrá-lo, caso contrário, ele se envergonhará de sua confiança Nele. Justiça aqui significa que Deus agirá de acordo com a aliança que Ele fez com Israel. Se Deus o entregar nas mãos de seus inimigos, isso também dará aos inimigos motivos para blasfemar o Nome de Deus.

Em frases curtas, ele implora a Deus que incline Seus ouvidos para ele (Sl 31:2), ou seja, que preste atenção ao seu pedido. Ele implora por um resgate rápido, porque o tempo está acabando, a necessidade aumenta a cada minuto. E também se Deus ainda será “uma rocha forte”, isto é, uma casa de rocha (Sl 18:2), e “uma fortaleza” para ele “para salvá-lo”. Isso deixa claro o quanto os inimigos o pressionam e já estão tão perto dele que quase colocam as mãos nele.

Salmos 31.1-3 A expressão em ti confio ilustra a atitude de um pássaro buscando refúgio sob as asas maternas (SI 11.1; 17.7; 91.1-4). E empregada, no original, uma palavra diferente para confiar nos versículos 6 e 14, que possui o sentido de apoiar-se sobre algo ou alguém (Pv 3.5,6). A imagem de Deus como rocha e fortaleza para o crente é muito recorrente nos Salmos (SI 91.1-3).

Salmos 31:3-8 (Devocional)

Confiança e Alegria

Em Sl 31:3, Davi expressa diretamente a confiança de que Deus é para ele o que ele pediu em Sl 31:2. Encontramos vários sinônimos para Deus em relação à confiança: rocha forte, fortaleza (Sl 31:2; Sl 31:3). O SENHOR é a rocha, cuja obra é perfeita (Dt 32:4): isso diz algo sobre a vontade e a capacidade do SENHOR de libertar o Seu povo.

Já durante uma oração feita com fé, a oração recebe a certeza de ser atendida. Esta experiência de Davi – e no fim dos tempos do remanescente – é um incentivo maravilhoso para nos refugiarmos em Deus pela fé. Então também experimentaremos que “Ele é galardoador dos que o buscam” (Hb 11:6).

Fortalecido pela audiência, Davi continua orando, pedindo a Deus que o conduza e o guie e que o faça “por amor do teu nome”. A honra de Deus está ligada ao destino de Seu povo. Seu nome é desonrado quando as coisas ficam ruins para Seu povo (cf. Salmos 23:3; Salmos 106:8). Aqui o salmista retorna ao Salmo 23, onde o Senhor é visto como o bom pastor (Sl 23:1).

O caminho é cheio de perigos. Os inimigos estão à espreita. Para evitar cair nas mãos deles, ele pede ao SENHOR que o guie. Ele também pede a Deus que o guie, no qual está contida a questão de fazê-lo com paciência. Como nós também precisamos perguntar isso! O motivo não é tanto que seremos guardados se Deus for nosso Guia, mas que Seu Nome seja glorificado.

No Salmo 31:4, Davi fala sobre o que seus inimigos estão fazendo com ele. Eles armaram secretamente uma rede invisível para ele. Davi sempre reclama nos Salmos sobre redes e armadilhas que seus inimigos armaram para pegá-lo. Ele pergunta se Deus o tirará disso e o livrará de seu perigo. Ele mesmo não pode fazer isso, mas Deus, de quem ele diz “Você é minha força”, pode.

Davi entrega seu espírito, que é sua vida ou sopro de vida, nas mãos de Deus (Sl 31:5). Este é o ponto culminante da confiança, é confiança até a morte. Isso se aplica em plenitude apenas ao Senhor Jesus. Somos admoestados, porém, a imitar essa confiança (1Pe 4:19).

Davi não pode proteger seu espírito, sua vida, a si mesmo e, portanto, coloca tudo nas mãos de Deus. Ouvimos o Senhor Jesus dizer as mesmas palavras enquanto estava pendurado na cruz, no final de Seu sofrimento na cruz (Lucas 23:46). Há, porém, diferenças em relação ao que diz Davi. Vemos, como observado acima, que nossa confiança é fraca, enquanto a do Senhor Jesus é perfeita.

Essas palavras ocorrem na oração da noite dos judeus antes de dormir. ‘Comprometer’ significa ‘confiar temporariamente’, uma espécie de depósito, um depósito de poupança para ser sacado posteriormente. Aqui expressa a expectativa de que o Senhor Jesus ressuscitará. Com os judeus e com Davi expressa a expectativa de que eles se levantarão do sono no dia seguinte.

Além disso, vemos que essas palavras da boca de Davi implicam um pedido de proteção. Isso significa que ele não faz mais planos sozinho, mas os deixa nas mãos de Deus. Isso também é diferente com o Senhor Jesus. Ele sempre fez tudo em perfeito acordo com Seu Deus e Pai. Com Ele, entregar Seu espírito nas mãos de Seu Pai é Seu ato final de dedicação, de auto-entrega. Ninguém tirou Sua vida, Seu fôlego de vida, Dele. Ele mesmo entrega Seu espírito, Ele mesmo entrega Sua vida porque recebeu um mandamento do Pai para fazê-lo (João 10:17-18).

O espírito de Davi não foi tirado dele, pois Deus cuidou para que ele mantivesse sua vida. Ele testifica com gratidão que o “SENHOR”, o “Deus da verdade”, ou “Deus fiel”, como também pode ser traduzido, pode e irá redimir. Deus provou que Ele é o Deus fiel ou o Deus da verdade. Ao contrário desse Deus, Davi coloca seus inimigos, como pessoas “que consideram ídolos vãos” (Sl 31:6) ou pessoas que colocam sua confiança nesses deuses insignificantes, essas vaidades vazias. Ele contrasta isso com a ênfase, “eu”, que ele confia no SENHOR.

Davi tem grande alegria por causa da benignidade de Deus (Sl 31:7). Afinal, Deus viu sua miséria. E não só isso. Ele conheceu os problemas da alma de Davi, ou seja, Ele não apenas percebeu, mas participou deles. Implica um conhecimento profundo que foi adquirido através da intimidade.

Davi agradece a Deus por não tê-lo entregado “na mão do inimigo”, mas, pelo contrário, por ter colocado “os pés em um lugar espaçoso” (Sl 31:8). Podemos pensar aqui na perseguição de Saul que o cercou em algum momento e que Deus o livra dela (1Sm 23:26-28).

Salmos 31.4, 5 Com as palavras nas tuas mãos encomendo o meu espírito, Davi exprime completa dependência de Deus — sua vida está nas mãos de Deus para que faça o que desejar dela. Estas palavras foram depois proferidas por Jesus pouco antes de Sua morte na cruz (Lc 23.46) e por Estêvão ao morrer martirizado (At 7.59).

Salmos 31.6-11 Porque estou angustiado são palavras clássicas de lamentação que iniciam a seção de lamentos deste salmo. Consumidos estão de tristeza os meus olhos. Davi emprega termos semelhantes em Salmos 6.7 para exprimir sua dor. Opróbrio. Tal como no caso do Salmo 30, é possível que o salmista esteja enfrentando uma doença terrível — talvez até uma condição física que o torne repulsivo.

Salmos 31:6–8 A frase “ídolos inúteis” pode ser traduzida como “vaidades de vão”, enfatizando a total inutilidade da idolatria. Quão diferente é o Senhor, cujo “amor” (GR 2876) encontra expressão em seus atos de libertação dos inimigos! Que o Senhor “viu” e “sabia” é suficiente, porque esta é a primeira etapa de sua libertação. O salmista, portanto, regozija-se com a antecipação do ato de libertação de Deus, que o guiará a “um lugar espaçoso”, longe de seus inimigos.

Salmos 31:9–10 Os sentimentos de confiança diminuem em uma torrente de lágrimas quando o salmista detalha seus problemas na parte central de sua oração. Os inimigos que ele aludiu até agora assumem uma forma real. Eles criam “angústia” por serem ridicularizados e evitados. Eles são agentes da morte. O salmista lança-se sobre a misericórdia ou favor do Senhor. Ele sabe que por convênio tem o direito de esperar que o Senhor aja, mas sua situação é tão desesperadora que ele não pode esperar. Seu clamor por misericórdia é uma expressão de profundo desespero. Sua alegria na vida se foi; sua angústia mental minou sua força física a um ponto que se aproxima da morte. As referências a “alma”, “corpo”, “vida”, “anos”, “força” e “ossos” referem-se a todo o ser humano, físico e espiritual.

Salmos 31:9-13 (Devocional)

Oração em Aflição

Nesta seção, ouvimos novamente uma oração em aflição. A confiança de Davi é testada, resultando em exercícios de fé. Diante de Deus, ele expressou sua confiança Nele. Agora vem a prática: ele vê seus inimigos. Então Davi percebe que ele tem, por assim dizer, o tesouro em um vaso de barro, e que o espírito pode estar disposto, mas a carne é fraca. Portanto, ele apela à graça de Deus aqui, para que mais tarde ele possa descobrir, como Paulo experimentou, que quando ele é fraco, ele é forte (no Senhor).

A oração de angústia nesta seção é mais profunda do que a súplica em Salmos 31:1. Lá Davi apela à justiça de Deus, aqui à Sua graça. Ele retrata sua aflição, ele espalha sua angústia diante de Deus. Ele está angustiado (Sl 31:9). Sua experiência anterior em Salmos 31:8, de que seus pés foram colocados em um lugar amplo por Deus, ele parece ter esquecido. A realidade o agarra novamente. Mas ele vai com essa realidade a Deus, de quem ele disse no Salmo 31:3 que Ele é sua rocha e fortaleza.

Justamente quando a dura realidade das circunstâncias o oprime, ele fala com Deus sobre sua angústia. Ele está enfraquecido pela dor. Seus olhos estão gastos, ele não vê mais todas as coisas claramente; sua alma também é desperdiçada. Ele não aguenta mais. Ele mal consegue reunir forças para continuar vivendo; ele está cansado da vida. Seus ossos também estão perdidos; ele está exausto por dentro, em sua vida emocional.

A tristeza prolongada destrói a força de uma pessoa; sua vida se esvai por causa disso (Sl 31:10). A única coisa que ele pode fazer é suspirar, porque não tem mais palavras para expressar sua tristeza. Assim passam os anos. Ele percebe que sua força falhou por causa de sua “iniquidade”. Aqui novamente encontramos uma grande diferença entre Davi e o Senhor Jesus. Davi fala de sua iniquidade, enquanto o Senhor tomou sobre Si as nossas iniqüidades.

Aqui Davi não está mais falando de seus inimigos, mas de sua própria pecaminosidade. Como resultado, ele não pode mais andar na fé. Seu corpo ou substância definhou.

Além de sua angústia interior, há também a angústia que lhe é infligida por outros, de fora (Sl 31:11). Ele tem muitos adversários e “todos” esses adversários fizeram com que ele se tornasse “uma vergonha”. Os seus “vizinhos”, as pessoas com quem ele conviveu regularmente, de quem ele poderia esperar ser um “bom vizinho” (cf. Pv 27,10), foram os que mais se voltaram contra ele.

Vizinhos são pessoas que moram perto, enquanto “conhecidos” são amigos, pessoas próximas ao seu coração. Mesmo para seus “conhecidos” ele se tornou um objeto de pavor. Eles o veem como um leproso, alguém com quem é melhor não ter contato. É por isso que eles se mantêm bem longe dele quando o veem vindo à distância. Eles o evitam como uma praga. Isso também é o que o Senhor Jesus experimentou.

Ele se sente como um homem morto, alguém que foi esquecido, esquecido, alguém que é ignorado, a quem ninguém se importa (Sl 31:12). Aqui é realmente ‘fora da vista, fora da mente’. Ninguém mais pensa nele. Tornou-se “como um vaso quebrado”, como um utensílio inútil, sem utilidade para ninguém. Sua vida está em cacos, está quebrada além do reparo.

Depois, há a calúnia sobre ele por toda parte (Sl 31:13). Por um lado, ele é esquecido, é ignorado e evitado como um leproso, mas, por outro lado, as pessoas falam dele, falam mal dele. Ele ouve o que eles dizem. É tudo calúnia. Ele sente que está cercado de inimigos, fazendo com que o medo o domine por todos os lados. Pois eles conspiram contra ele e planejam matá-lo. Ele já está sendo tratado como um homem morto e agora eles querem realmente acabar com sua vida.

Essa maneira de falar pelas costas de alguém é hoje chamada de ‘bullying’. O bullying pode ser definido como um comportamento humilhante, intimidador ou hostil, dirigido sistematicamente contra a mesma pessoa, que é incapaz de se defender. Este é um meio testado e comprovado de derrubar alguém. Eles pretendem literalmente neutralizá-lo, livrar-se dele. Com o Senhor Jesus isso aconteceu literalmente, quando foi tomada a decisão de matá-lo (Jo 11:53).

Bullying é usado no mundo, por exemplo, em uma situação de trabalho, ou escola, em relação a um colega. Também pode acontecer no cristianismo professo, como aconteceu aqui com o Davi. Não só no mundo, mas especialmente no Cristianismo, é proclamada a mais horrível calúnia contra o Senhor Jesus. Os crentes também sofrem com essas práticas. Os seguintes versículos deste salmo mostram o que devemos fazer em tais casos.

Salmos 31:11–13 A vida do salmista se esvai por causa de seus inimigos. Ele sabe que o Senhor lhe prometeu a vida, mas está abatido e envergonhado. Os inimigos o afetaram profundamente com seus esquemas caluniosos e zombarias. A frase “estou esquecido por eles” expressa a profundidade do desespero. Seus inimigos o temem como uma doença e agem como se ele não existisse. Ele se tornou inútil, “como um vaso quebrado”. “E planejam tirar-me a vida” resume sua preocupação com a vida contra a morte, com a justiça em oposição à injustiça, e com a fidelidade do Senhor em contraste com a traição dos outros.

Salmos 31.12-18 Com as palavras os meus tempos estão nas tuas mãos, Davi, o salmista, reafirma sua expressão anterior de completa dependência do Senhor (v. 5). Davi faz um pedido ao Senhor, que controla inteiramente sua vida, para que o liberte.

Salmos 31:14–18 Em traços largos, o salmista repete os vários elementos já introduzidos como uma transição para o hino de ação de graças (vv.19-24). A repetição revela seu elevado senso de confiança em seu Redentor. (1) Ele afirma sua confiança básica no Senhor, seu Deus. (2) Ele entrega suas circunstâncias ao controle soberano de Deus. (3) Ele se compromete com o amor de Deus. (4) Ele ora por uma resolução para o drama: o fim de seus adversários. O salmista confia que o Senhor honrará sua oração para que ele não precise mais ficar envergonhado na presença de seus inimigos. Quando o Senhor estender seu amor em sua bênção de convênio, a traição e as intrigas dos iníquos terminarão.

Salmos 31:14-18 (Devocional)

Confiança e Oração

Esta seção repete temas das seções anteriores, por exemplo, “envergonhado” (Sl 31:1; Sl 31:17), “salva-me” (Sl 31:2; Sl 31:15), “Tua mão” (Sl 31:5; Sal 31:15).

Quando todos se afastam de Davi e se opõem a ele, ele se volta para Deus e diz: “Mas eu confio em ti, Senhor” (Sl 31:14). Davi aqui é um herói da fé, tendo vencido o inimigo pela fé (Hb 11:34). Ele repete sua confissão do Salmo 31:6: “Mas eu confio no SENHOR”. Ele o faz não apenas na prosperidade, mas também e principalmente na adversidade. Assim como Jó. A confiança de Davi foi posta à prova e acabou sendo ouro de verdade.

A frase começa com “mas”, para que o contraste com o anterior fique claro. Ele diz enfaticamente “eu” e tão enfaticamente “em você”. Ele então enfatiza sua total confiança em Deus fazendo a confissão pessoal: “Eu digo: “Tu és o meu Deus”.. Podemos também, quando a vida se torna difícil para nós, expressar isso como uma confissão de nossa fé.

Ao fazer isso, podemos saber, assim como Davi diz a seguir, que nossas vidas não estão nas mãos dos homens, mas de Deus (Sl 31:15). Nossos tempos estão nas mãos de Deus, não nos de nossos inimigos, não importa quão grande seja seu poder e seu ódio. Por exemplo, os judeus queriam matar o Senhor e disseram, não na festa, enquanto o Senhor diz que seria morto na festa e assim aconteceu.

Ele determina os tempos da nossa vida, tempos de prosperidade e tempos de adversidade, tempo de provação e tempo de redenção, sim, todos os tempos (cf. Ec 3,1-8). Ele também determina a duração de nossas vidas e não o inimigo quando planeja nos matar. Portanto, o crente que vive em tempos de adversidade é exortado a colocar sua vida nas mãos do fiel Criador (1Pe 4:19).

Porque seus tempos estão nas mãos de Deus, Davi ora para que Deus o salve dessa outra mão, a mão de seus inimigos e perseguidores. Ele pede a Deus que faça resplandecer o seu rosto sobre ele (Sl 31,16; cf. Nm 6,24-25), pois agora parece que o rosto de Deus não é visível, enquanto o rosto de seus inimigos e perseguidores se torna cada vez mais visível.

Davi dirige-se a Deus como seu “servo”. Isso é o que ele é como rei ungido de Deus. Porque ele está em necessidade como servo de Deus, ele pede a Deus para salvá-lo em Sua benignidade. Ele está ciente de seu fracasso como servo. Ao mesmo tempo, ele está ciente da bondade de Deus que está disponível para os servos que falham. Portanto, ele apela para isso.

Ele pede a Deus que não o deixe ser envergonhado, pois o invoca (Sl 31:17). Então Deus deve ouvir, certo? Os ímpios, sim, devem ser envergonhados por Deus. Eles devem ser silenciados pela morte, para que não possam mais falar suas palavras perniciosas. Seus inimigos estão prontos para matá-lo. Aqui Davi pede que Deus tire suas vidas.

Suas bocas devem ser fechadas para sempre, pois eles têm lábios mentirosos (Sl 31:18). Eles não fazem nada além de difamar, enganar, caluniar e falar mentiras. É falar “com arrogância contra o justo”. Os ímpios o desprezam “com orgulho e desprezo”. O “justo” aqui é singular, ou seja, refere-se ao crente individual. Certamente pensaremos principalmente no Justo, o Senhor Jesus. Quanta linguagem arrogante não foi falada contra Ele.

Salmos 31:19–22 O Senhor é “bom” ao resolver as coisas com retidão para aqueles “que [o temem]”. Mesmo quando são oprimidos como uma “cidade sitiada”, são mantidos a salvo “no abrigo de [sua] presença”. Embora ele possa “escondê-los”, ele deixa claro “à vista dos homens” que os piedosos estão sob sua proteção. No contexto da injustiça e da adversidade, manifesta o seu “maravilhoso amor” na solidão e no abandono. A fórmula da bênção “louvado seja o SENHOR” expressa a alegria do remido depois de ter experimentado a sua salvação.

Salmos 31:19-22 (Devocional)

Canção de louvor

Até agora tem sido sobre a perspectiva de que Deus dará a salvação. A partir de agora trata-se de olhar para trás como Deus deu a salvação (cf. Sl 31,22). Podemos, portanto, considerar a seção do Salmo 31:19 como um salmo de ação de graças (veja a introdução deste salmo).

Depois que Davi expressou sua angústia por causa dos ímpios, ele fala novamente em Salmos 31:19 sobre a bondade de Deus. Ele fica impressionado com a “bondade” do próprio Deus que Ele “guardou para aqueles que O temem”. Esta “bondade” inclui todas as bênçãos. Deus os guardou para os Seus, o que significa que Ele os protegeu contra qualquer corrupção ou perda. O que Ele armazenou, Ele mesmo preparou, todo o pacote de bênçãos que Ele mesmo compôs (1Co 2:9).

Aqui fica novamente claro que temer a Deus não significa ter medo dele, mas temê-lo com confiança. Na verdade, aqueles que O temem se refugiam Nele. Isso acontece “diante dos filhos dos homens”. As pessoas veem crentes se refugiando em um Deus que não veem. Eles veem Sua bênção e preservação para aqueles que confiam Nele.

Chegará um momento em que Deus tornará os crentes, junto com as bênçãos que Ele armazenou e preparou para eles, visíveis para as pessoas do mundo. Os filhos de Deus, agora incompreendidos pelo mundo, e os tesouros do céu, agora desprezados pelo mundo, serão exibidos ao mundo no próprio Cristo quando Ele aparecer nas nuvens (2Ts 1:9-10).

Aqueles que nele se refugiam, Ele os esconde “no esconderijo da tua presença”, ou seja, protege-os com a sua presença (Sl 31,20; cf. Jr 36,26). A presença de Deus não apenas dá luz, como no Salmo 31:16, mas também um lugar de refúgio. Aqueles que se refugiam nEle estão escondidos em segurança com Ele. Ele é a garantia de seu esconderijo.

Assim, vemos que Deus guarda a “bondade” para os Seus (Sl 31:19) e que Ele guarda os Seus para a “bondade” (Salmos 31:20). Esta ‘guarda dupla’ aplica-se tanto aos crentes do Antigo Testamento como do Novo Testamento. Pedro escreve sobre isso em sua primeira carta (1Pe 1:3-5).

Porque Deus esconde o remanescente crente (cf. Ap 12:13-14), eles são intocáveis “das conspirações dos homens”. Este “homem” é o anticristo. Como no Salmo 27, Davi também fala aqui de “guardá-los secretamente em um abrigo” (Salmo 27:5). Este abrigo oferece não apenas proteção, mas também intimidade ou comunhão com Deus. Este é o contrapeso da “contenda de línguas” da qual os tementes a Deus são o objeto.

Novamente Davi começa a cantar um cântico de louvor (Sl 31:21). A ocasião, indicada pela palavra “para”, são as maravilhas que Deus lhe fez. Ele ainda descreve essas maravilhas como maravilhas de “Sua benignidade”, pela qual Deus o trouxe “em uma cidade sitiada”. Como resultado, ele não se tornou presa de seus adversários, e a contenda de línguas, embora profundamente ferida por ela, não lhe causou nenhum dano permanente.

Ele tem estado, por causa da pressão de seus inimigos, em dúvida por um momento se Deus estava atento à gravidade de sua situação. Isso o levou à declaração apressada a Deus de que ele havia sido cortado diante de Seus olhos (Sl 31:22). Por um momento, parecia que ele seria vítima da inimizade que estava experimentando, afinal, como se Deus não ouvisse seu clamor. Imediatamente ele se corrige e diz que Deus ouviu a voz de suas súplicas quando clamou a Ele.

Salmos 31:23–24 O salmista confessa sua fragilidade em ter questionado a Deus ao se desesperar em seu “alarme”. Mas ele estava errado, e o Senhor triunfou. Ele ouviu e veio em seu socorro! O salmista assim encoraja os piedosos a aprender com sua experiência. Ele os exorta a esperar e confiar no Senhor, independentemente de suas circunstâncias. A fé não é um compromisso único, mas um abandono ao Deus vivo, que prometeu “preservar” os seus. A vida de fé permite que Deus seja Deus - respondendo a ele em “amor”, vivendo na força da fé, observando sua palavra e esperando na “esperança” da redenção.

Salmos 31:23-24 (Devocional)

Encorajamento

Davi aprendeu com o que aconteceu com ele. Ele quer compartilhar essas lições com os outros. Por meio de suas experiências, ele apela aos piedosos de Deus, não apenas para louvar a Deus, mas para amá-lo (Sl 31:23). O nome “piedosos” significa que se refere aos crentes que estão no favor imerecido de Deus.

Nas palavras do Novo Testamento, refere-se àqueles que foram “favorecidos ou tornados agradáveis no Amado” (Ef 1:6). Este Deus, que nos aceitou em favor ou graça e também nos fez experimentar Seu favor ou graça tantas vezes, vale a pena amar de todo o coração. Isso também se expressará no louvor a Ele, mas amar vai muito além e inclui toda a vida.

Duas razões são dadas para esse amor. A primeira é que Deus preserva os fiéis. Foi isso que Davi experimentou (Sl 31:20). A segunda é sobre como Deus lida com o orgulhoso. Ele “recompensa totalmente o orgulhoso”. Aqui não há punição acima do que o orgulhoso executor merece, mas uma ampla retribuição de acordo com a medida de orgulho que o orgulhoso executor demonstrou. Um autor orgulhoso não é modesto em seu orgulho, portanto não recebe uma punição modesta. Aqui novamente podemos pensar especialmente no anticristo (2Ts 2:3-4; 2Ts 2:8).

Davi conclui o salmo com o encorajamento para ser forte para o qual o Salmo 31:23 dá uma razão adicional. Então Deus fortalecerá o coração de todos os que esperam nEle (Sl 31:24). A salvação da angústia presente não significa que perigos e desastres não acontecerão no futuro. Mas quando chega a angústia, Deus ainda está presente como o Deus em quem podemos esperar na angústia que então se apresentará. Isso dá coragem e força para continuar a jornada com Ele.

Também podemos aplicar este versículo ao fim da jornada de nossa vida na terra. Aguardamos, isto é, ansiamos pelo tempo em que Deus distribuirá a bondade que Ele reservou para nós. Mesmo quando estamos em tempos de angústia, esses tempos estão nas mãos de Deus. Isso significa que não perderemos o objetivo final. O Senhor Jesus é nosso exemplo nisso, Ele suportou a cruz pela alegria que lhe foi proposta e desprezou a vergonha. Fixemos, pois, os nossos olhos nEle (Hb 12:1-2).

O que o Salmo 31 me ensina sobre Deus?

O Salmo 31 é uma oração por libertação e confiança em Deus. Ela nos ensina várias coisas importantes sobre Deus:

Deus é refúgio e fortaleza: O salmista declara: “Em ti, Senhor, me refugio; que eu nunca seja envergonhado; na tua justiça livra-me! Incline seu ouvido para mim; me salve rapidamente! Seja uma rocha de refúgio para mim, uma fortaleza forte para me salvar!” ( versículos 1-2). Isso fala do poder de Deus para nos proteger e defender, e sua disposição de ser um lugar seguro para nós.

Deus é um Deus de verdade e fidelidade: O salmista declara: “Nas tuas mãos entrego o meu espírito; tu me redimiste, ó Senhor, Deus fiel” (versículo 5). Isso fala da fidelidade de Deus às suas promessas e sua veracidade em todas as suas relações conosco.

Deus é um Deus de misericórdia e graça: O salmista declara: “Mas eu confio em ti, ó Senhor; Eu digo: ‘Você é meu Deus’. Meus tempos estão em suas mãos; livra-me das mãos dos meus inimigos e dos meus perseguidores! Faze brilhar o teu rosto sobre o teu servo; salva-me com o teu amor leal!” ( versículos 14-16). Isso fala da misericórdia e graça de Deus, e sua disposição de nos mostrar favor e compaixão mesmo quando não merecemos .

Deus é um Deus de justiça: O salmista declara: “Amai ao Senhor, vós todos os seus santos! O Senhor preserva os fiéis, mas retribui abundantemente aquele que age com orgulho. Seja forte e tenha coragem de coração, todos vocês que esperam no Senhor!” ( versículos 23-24). Isso fala da justiça de Deus e de sua disposição de punir os ímpios e justificar os justos.

Deus é um Deus que ouve e responde a oração: O salmista conclui o salmo declarando: “Bendito seja o Senhor, porque ele mostrou seu amor para comigo de maneira maravilhosa quando eu estava em uma cidade sitiada. Eu havia dito em meu alarme: ‘Fui cortado de sua vista’. Mas tu ouviste a voz das minhas súplicas por misericórdia quando clamei a ti por ajuda” (versículos 21-22). Isso fala da disposição de Deus de ouvir nossas orações e de nos responder quando o invocamos.

Aplicação de Salmos 31

O Salmo 31 é uma poderosa oração de confiança em Deus em tempos de angústia. Aqui estão algumas maneiras de aplicá-lo em sua vida:

Confie na proteção de Deus: O salmista expressa sua confiança na proteção de Deus e pede livramento de seus inimigos. Você também pode confiar na proteção de Deus e pedir sua libertação em tempos difíceis.

Confesse sua confiança em Deus: O salmista confessa sua confiança em Deus, dizendo: “Nas tuas mãos entrego o meu espírito” (versículo 5). Você também pode confessar sua confiança em Deus, sabendo que ele é fiel e o manterá seguro.

Busque a misericórdia de Deus: O salmista pede a misericórdia de Deus e livramento de seus inimigos. Você também pode buscar a misericórdia de Deus e pedir-lhe que o ajude em tempos difíceis.

Regozije-se na bondade de Deus: O salmista louva a Deus por sua bondade e fidelidade, dizendo: “Quão grande é a tua bondade, que tens guardado para aqueles que te temem” (versículo 19). Você também pode se alegrar com a bondade de Deus e confiar em sua fidelidade.

Encontre refúgio em Deus: O salmista busca refúgio em Deus, dizendo: “Tu és o meu refúgio, a minha porção na terra dos viventes” (versículo 5). Você também pode encontrar refúgio em Deus, sabendo que ele é um lugar seguro a quem recorrer em tempos difíceis.

Em resumo, o Salmo 31 pode ser aplicado à sua vida confiando na proteção de Deus, confessando sua confiança em Deus, buscando sua misericórdia, regozijando-se em sua bondade e encontrando refúgio nele.

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