Significado de Isaías 12

Isaías 12

Isaías 12 é uma canção de ação de graças e louvor ao Senhor por Sua libertação e salvação. O capítulo começa com uma declaração de confiança no Senhor, que é louvado por Sua ira se afastar e Seu consolo chegar a Seu povo.

A música então descreve a alegria e a gratidão do povo por sua salvação. Eles declaram que Deus é sua força e sua salvação, e que confiarão nEle e não terão medo. O povo louva o Senhor por Seus feitos poderosos e Seu amor fiel, que dura para sempre.

Por fim, Isaías 12 serve como uma bela e inspiradora mensagem de ação de graças e louvor ao Senhor. Isso nos lembra da importância de confiar em Deus e confiar em Sua força e salvação. Destaca a beleza do amor fiel de Deus, que dura para sempre e traz alegria e paz ao Seu povo. Também nos chama a responder com gratidão e louvor, ao reconhecermos a bondade e a misericórdia de nosso Deus.

Em suma, Isaías 12 é um capítulo poderoso e edificante que fala sobre os temas universais de confiança, gratidão e o poder do amor de Deus.

Significado de Isaías 12

12.1-6 Esse hino de louvor a Deus e súplica por salvação, cantado pelo remanescente restaurado depois do segundo êxodo (Is 11.12-16) assemelha-se ao hino de louvor de Moisés e Miriã, por ocasião do primeiro êxodo (Êx 15). O cântico consiste num hino de agradecimento do remanescente pela sua salvação (v. 1-3) e num hino de agradecimento que proclama a salvação de Deus por todas as nações (v. 4-6). Trata-se, portanto, de um salmo de louvor que fala do final dos tempos (como Is 42.10-17), um poema a ser cantado no futuro reino do Messias pelos remidos do Senhor em Sua excelsa presença.

12.1 Naquele dia tem aqui o mesmo sentido que em Isaías 2.12. O verbo dirás está na segunda pessoa do singular, representando o remanescente como indivíduo. Te iraste. A ira de Deus será a causa da dispersão do povo entre as nações (Is 5.25; 9.12); Sua graça faria com que tornasse a se unificar.

12.2 Deus é a minha salvação. Esse salmo de redenção apoia-se no primeiro salmo de redenção do êxodo (Êx 15.2; SI 118.14). O Senhor Jeová, a repetição do nome indica que o Deus de Israel, cumpridor de Suas promessas e não as nações é quem traz a salvação (Is 26.4). A minha força e o meu cântico pode ser traduzido por minha canção forte ou minha canção de força (Ex 15.2).

12.3 Vós é a segunda pessoa do plural nos v. 3-5. Os poetas hebreus costumavam associar a imagem de águas à salvação (Ex 17.1-7). Em terras áridas, a presença de fontes e poços era vista como dádiva divina (Is 55.10).

Isaías 12:1-3

Ação de Graças

A primeira parte do livro de Isaías (Isaías 1-12) enfoca a redenção de Judá e Jerusalém. Isaías 12 é um final apropriado para esta parte. Tem a forma de uma canção. Nos capítulos anteriores muito foi dito sobre os pecados do povo de Deus e o aviso da ira de Deus sobre eles. Fala-se também do perdão que Deus oferece em caso de arrependimento e das promessas de um futuro glorioso para o Seu povo. O Nome de Deus será exaltado e Seu Rei reinará. O salmo de louvor deste capítulo se conecta perfeitamente a isso.

De certa forma podemos compará-lo com o cântico de Moisés em Êxodo 15, que é cantado logo após a passagem pelo Mar Vermelho. Algumas das expressões usadas nele voltam aqui.

O capítulo é composto por duas seções. Ambas as partes começam com as palavras: “Então você dirá naquele dia”. A primeira seção (Isaías 12:1-3) remonta a Isaías 1-11. A segunda seção (Is 12:4-6) aguarda a salvação como resultado dos julgamentos sobre as nações descritos em Isaías 13-23.

Depois de olhar adiante para o tempo glorioso do reino da paz no capítulo anterior, uma canção de agradecimento deve seguir. Isso acontece neste capítulo. Nós ouvimos a canção de louvor do reino da paz. O Espírito de Cristo põe o cântico na boca do povo redimido, o remanescente, a terça parte que escapou do juízo (Zc 13:8) e desfruta da bênção (Is 12:1). É a contraparte terrena da canção que os santos celestiais cantam antes que os julgamentos venham sobre a terra (Ap 5:9-13; cf. Ap 15:3-4).

É uma canção na forma ‘eu’. Cada israelita tem seu próprio relacionamento com o Senhor. Nesta canção, cada membro do povo de Deus canta que o SENHOR estava com razão e estava zangado com ele. Eles também cantam juntos. Eles até O louvarão por ter ficado zangado com eles, pois ao fazê-lo Ele os trouxe de volta para Si. A ira de Deus se expressa por meio de Sua vara: os assírios (Is 10:5-6). Seu efeito é que Israel agora reconhece a justiça da ira de Deus, um sinal de sua conversão e restauração. A vara de Deus agora atingiu seu objetivo.

Até agora, a ira de Deus não foi evitada. Mas agora também cantam o fim da sua cólera e a consolação que depois lhes deu (cf. Is 40,1-2). Cada um tem consciência dos seus pecados, mas também do perdão de Deus. A disciplina de Deus em caso de pecado sempre vIs fazer com que as pessoas retornem a Ele. A disciplina de Deus, quando não há pecado direto, sempre vIs manter os Seus pelo pecado e mantê-los perto Dele.

Depois de reconhecer a justa ira do SENHOR, uma ira que encontrou seu ponto culminante na indignação de Deus (Is 10:5), eles cantam sobre Deus e quem Ele é e o que Ele é para eles (Is 12:2). Conforme observado acima, pode ser comparado ao cântico de louvor de Israel depois que o povo foi libertado do Egito (Êx 15:2; Sl 118:14). Ele é a “salvação” do crente que escapou.

A palavra salvação está no hebraico jeshuah. É uma palavra que Isaías usa mais do que qualquer outro profeta. Nele reconhecemos o nome Jeshua, Jesus, que significa ‘Yahweh é a salvação’. Na palavra salvação, o nome do Senhor Jesus está como que oculto. O nome ‘Jesus’ permanece oculto no Antigo Testamento.

Esse Nome está relacionado com Seu nascimento (Is 49:1) e, portanto, só é anunciado quando Ele está prestes a nascer. O significado do Seu Nome também está diretamente ligado a este anúncio: “E lhe porás o nome de Jesus, porque Ele salvará o Seu povo dos seus pecados” (Mateus 1:21). ‘Salvar’ e ‘salvação’ têm o mesmo significado básico. A palavra salvação com esse rico significado aparece três vezes em Is 12:2-3.

Em sua gratidão pela salvação, eles falam do “SENHOR DEUS”, portanto duas vezes o nome de Yahweh (cf. Is 26:4), que é Seu Nome como o Deus da aliança que Ele fez com Seu povo. Eles foram infiéis a essa aliança, mas Ele assumiu todas as suas condições e as cumpriu. Eles enfatizam aqui que todas as bênçãos são devidas apenas à perfeita fidelidade do Senhor à Sua aliança.

O nome “Yah Yahweh” (SENHOR DEUS) vem de Êxodo 34: “O SENHOR, o SENHOR Deus, compassivo e misericordioso…” (Êxodo 34:6). Este Nome enfatiza que a fidelidade perfeita do SENHOR à Sua aliança é baseada em Sua compaixão e graça. A confiança do remanescente crente é – como a de Ezequias (Isaías 36-37) – no SENHOR, em oposição à confiança de Judá sob o rei Acaz (Is 7:10-12), que coloca sua confiança no rei de Assíria.

Como resultado, eles agora podem tirar água com alegria (Is 12:3), que é se refrescar com tudo o que a salvação implica para eles. Há sete festas do SENHOR, desde a Páscoa até a Festa da Barraca (Lv 23:4-43). Estas festas têm um significado na história da salvação. No significado profético dessas festas vemos o período desde a morte do Senhor Jesus até o reino da paz. A Festa de Tenda é a grande festa da alegria do fim dos tempos. No judaísmo, Isaías 12 foi aplicado à Festa da Barraca. Nesta ocasião, o sacerdote tira água todos os dias da fonte de Shiloah, que ele derrama sob grandes aplausos em uma bacia de prata ao lado do altar de holocaustos de bronze.

Conhecemos seu verdadeiro significado e sabemos que a fonte da salvação é Cristo (João 4:14). Vemos isso na Festa da Tenda, quando Ele clama no último dia, o grande dia da festa para quem tem sede: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba” (João 7:37). . Aqui vemos como é tirada Dele e que quem recebeu a água viva como um vaso pode transmiti-la a outros. Toda bênção pode ser encontrada Nele. Todas as fontes do crente estão Nele (Sl 87:7). Aquele que bebe Dele também pode refrescar os outros.
Vemos essa extração de água das fontes também no tempo do fim. Da grande tribulação sai a grande multidão, que ninguém pode contar, e é conduzida pelo Cordeiro “às fontes da água da vida” (Ap 7:15-17).

12.4 Como nos Salmos, esse hino emprega diversos termos para louvar a Deus. Dai graças significa reconhecei publicamente ou declarai alto, em público. Invocai o seu nome pode ser reformulado como proclamai em Seu nome. Tornai manifestos significa tornai conhecidos. Contai significa fazei lembrar. Cada um desses verbos indica reconhecimento público, o anúncio em voz alta dos milagres e obras de Deus. Entre os povos. A exemplo do Salmo 117, trata-se de um poema pró-evangelização internacional.

12.5 Cantai ao Senhor. O público a quem os cânticos sagrados são dirigidos é o próprio Deus (SI 33.1). Coisas grandiosas. Em Êxodo 15.1, a raiz desse termo se traduz como sumamente se exaltou. Toda a terra aparece aqui num sentido que se encaixa na linha de pensamento encontrada de Salmos 19.1.

12.6 Exulta e canta de gozo é uma frase que pode ser entendida como grite alto com grande alegria. Habitante de Sião será todo aquele que retornar do cativeiro na Babilônia. Os futuros cantores desse salmo serão os habitantes do reino do Messias. Eles celebrarão a salvação que ele lhes concedeu. No meio de ti. No reino vindouro do rei Jesus, ele estará no meio de Seu povo (Sf 3.16-18).

Isaías 12:4-6

Expressões de alegria como testemunho

Se eles primeiro tiraram das “fontes da salvação” (Is 12:3) e ficaram cheios, tornaram-se vasos transbordantes ao continuarem tirando água. A água que transborda flui para os outros. Vemos isso em Isaías 12:4. O primeiro “naquele dia” (Is 12,1) exprime a alegria pela própria salvação. O segundo “naquele dia” (Is 12:4) é sobre a salvação mundial do SENHOR.

O resultado de todas as coisas gloriosas que eles cantaram nos versículos anteriores é que eles chamam uns aos outros para louvar o Senhor e testemunhar de Seus feitos entre todas as nações. Todos devem saber que Ele fez “coisas excelentes” (Is 12:5). A mais excelente de todas é a obra do Senhor Jesus na cruz do Calvário. Com base nisso, Deus foi capaz de decidir que a salvação vem para Israel e, por meio da plenitude de Israel, também vai para as nações (Rm 11:12).

Encontramos aqui um exemplo de crescimento espiritual. Em primeiro lugar, o crente está cheio de alegria pelo que ele mesmo recebeu e pelo seu relacionamento pessoal com o Senhor. Então, ele reconhece a necessidade de dar testemunho da glória de Deus e convocar outros a se arrependerem e darem glória a Deus. Assim, tendo bebido da fonte da salvação, eles mesmos se tornam rios de água viva para os outros (Jo 7:37-38).

Qual é a nossa resposta ao que o Senhor Jesus fez por nós? Devemos honrá-Lo com muito mais entusiasmo e testificar Dele com muito mais diligência do que Israel. A bênção de Israel é limitada à terra e é material. Nossas bênçãos são espirituais, celestiais e eternas. Quando percebemos do que Ele nos libertou e nos deu, não podemos ficar calados.

Esse mandamento ganha ainda mais força com a afirmação de que o “Santo de Israel” está no meio deles. Este nome é novamente especial para Isaías. Sua presença no “meio” deles é “grande” e motivo de alegria e regozijo (Is 12:6).

Com isso termina e isso também é o maior: o Santo de Israel está no meio. A palavra usada para ‘meio’ é traduzida várias vezes por ‘entranhas’. Poderíamos dizer que é Dele que se originam os sentimentos e afetos coletivos por Ele. Algo semelhante vemos na igreja da qual Cristo é o centro da glória quadridimensional (Ef 3:17-19). Ele quer viver como tal em nossos corações onde Ele pode ser conhecido em Seu amor que excede todo conhecimento.

A presença do Senhor Jesus no meio da igreja dá satisfação real aos crentes para quem isso é uma realidade. Cria adoração e dá força para testificar Dele. A sensação real de Sua presença dá alegria à igreja. Se esta consciência não estiver presente, a reunião é apenas rotina e nada funciona para Deus nem para o mundo.

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