Interpretação de Mateus 13

Mateus 13

Mateus 13 contém uma coleção de parábolas ensinadas por Jesus, fornecendo profundas percepções espirituais sobre a natureza do Reino dos Céus e as diversas respostas das pessoas à Sua mensagem.

O capítulo abre com a Parábola do Semeador, onde Jesus compara a pregação do evangelho a semear sementes em diferentes tipos de solo. As sementes representam a Palavra de Deus, e os vários solos representam diferentes corações e receptividade à mensagem. Jesus ilustra como a Palavra pode ser recebida com diferentes respostas, variando da fé superficial ao discipulado frutífero, dependendo da condição do coração do ouvinte.

A seguir vem a Parábola do Trigo e do Joio, onde Jesus usa a analogia de um fazendeiro que semeia boas sementes de trigo em seu campo, apenas para que um inimigo semeie joio entre elas. O trigo representa os filhos do Reino, enquanto o joio são os filhos do maligno. A parábola enfatiza a coexistência do bem e do mal no mundo até o julgamento final, quando Deus separará os justos dos ímpios.

Jesus então compartilha as Parábolas da Semente de Mostarda e do Fermento, ambas destacando os pequenos começos e o crescimento exponencial do Reino dos Céus. Essas parábolas enfatizam o poder transformador do evangelho, começando pequeno, mas eventualmente se expandindo e impactando o mundo inteiro.

O capítulo também inclui as Parábolas do Tesouro Escondido e da Pérola de Grande Valor, revelando o valor supremo do Reino e a alegria de quem voluntariamente abre mão de tudo para possuí-lo. Essas parábolas ensinam que nada se compara ao valor de conhecer e seguir Jesus.

Jesus continua com a Parábola do Arrastão, onde Ele ilustra o julgamento final, separando os justos dos ímpios, assim como os pescadores separam sua pesca. Esta parábola enfatiza a responsabilidade final e o julgamento de todos os indivíduos diante de Deus.

Depois de ensinar essas parábolas às multidões, Jesus retorna à Sua cidade natal, onde as pessoas O rejeitam devido à sua familiaridade com Ele e Sua origem familiar. Como resultado, Jesus é incapaz de realizar muitos milagres ali por causa da incredulidade deles.

Em termos gerais, Mateus 13 consiste em parábolas que fornecem percepções profundas sobre a natureza do Reino dos Céus e as várias respostas das pessoas à mensagem de Jesus. As parábolas enfatizam a importância da receptividade à Palavra de Deus, a coexistência do bem e do mal no mundo, o poder transformador do evangelho, o valor supremo do Reino e a responsabilidade final perante Deus. Esses ensinamentos destacam os temas centrais do ministério de Jesus e a importância de abraçar de todo o coração a mensagem do Reino para experimentar seu poder transformador e valor eterno.

Interpretação

13:1-58 A primeira e extensa série de parábolas foi apresentada em um dos dias mais ocupados do ministério de Jesus. O registro de Mateus apresenta uma lista de sete parábolas, e uma aplicação filial. Marcos registra quatro, inclusive uma que não se encontra em Mateus. Lucas registra três, não juntas. Duas das parábolas foram interpretadas por Jesus (O Semeador, O Joio) e a terceira parcialmente (A Rede); isto fornece um esquema para compreensão das outras.

13:1 Naquele mesmo dia. Só Mateus relaciona este episódio à discussão anterior. Sendo tão grande a multidão (que sua família não pôde alcançá-lo; 12:46), Jesus saiu da casa e orientou-se à beira do mar.

13:2 Usando um barco como se fosse plataforma, ele se assentou tal como os mestres costumavam fazer e dirigiu-se aos que estavam na praia.

13:3a. Parábolas. Narrativas especiais que Jesus usava para transmitir verdades espirituais através de comparações. Embora Jesus não seja o inventor do ensino por meio de parábolas, o uso que fez do método ultrapassou em muito todos os outros mestres na eficiência e profundidade das verdades descritas.

13:3b. O semeador. O artigo definido é provavelmente genérico. Todos os semeadores trabalham da mesma maneira.

13:4 Ao jogar a semente, uma parte caiu sobre a terra crestada do caminho que atravessava o campo. Essa semente sobre a superfície rapidamente atraiu as aves.

13:5, 6 Solo rochoso. Não um solo coberto de pedras, mas uma grande rocha coberta com uma fina camada de terra. As sementes ali lançadas brotariam rapidamente, pois o sol aqueceria rapidamente a fina crosta; mas por falta de raiz e umidade, a planta rapidamente queimou e secou-se.

13:7 Entre os espinhos. Solo infestado com raízes de espinhos que o arado não removeu.

13:8. Boa terra. O solo fértil da Galileia era capaz de produzir colheita da magnitude mencionada aqui (V. M. Thomson, Land and Book, pág. 83)

13:9. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça. Uma declaração de que esta história simples, sem prefácio nem explicação, tinha um significado mais profundo.

13:10-17 Em resposta à pergunta dos discípulos, Jesus declara os motivos porque falava em parábolas.

13:10 Por que? Já usara parábolas anteriormente, mas esta ocasião era obviamente diferente. Agora as próprias parábolas formavam a base do seu ensino; não eram simples ilustrações.

13:11 Os mistérios do reino dos céus identificam o conteúdo dessas parábolas como revelação anteriormente velada pertencente ao Reino. A interpretação as relaciona com o dia presente. As glórias do reino messiânico foram claramente esboçadas no V.T. Mas a rejeição do Messias e o intervalo entre a primeira e a segunda vindas não foi compreendida. Essas parábolas descrevem a estranha forma do Reino enquanto o Rei se encontra ausente, durante o tempo em que o Evangelho está sendo pregado e um núcleo espiritual está se desenvolvendo para o estabelecimento do reino messiânico (Cl. 1:13; Mt. 25:34). A revelação desses mistérios em forma de parábola foi devido à existência de dois grupos distintos: a vós é dado, mas àqueles não lhes é isso concedido.

13:12. Aquele que tem. Os discípulos, tendo reagido na fé para com Jesus, já possuíam muito da verdade relacionada com o Messias e o seu programa. Reflexões cuidadosas Sobre essas parábolas dariam-lhes mais luz. Ao que não tem. Os incrédulos definidos que recusaram os ensinamentos anteriores de Jesus (conf. caps. 10 e 11) não receberiam a verdade nua para que não a pisoteassem (conf. 7:6). Mas aí também está a graça, pois foram poupados à grande culpa de rejeitarem o mais simples ensinamento, e lá ficou a possibilidade de que a parábola fascinante pudesse despertar a curiosidade provocando uma mudança de coração.

13:13-15 O estado decaído de insensibilidade espiritual entre o povo foi encarado como cumprimento parcial (se cumpre a profecia) de Is. 6:9, 10. A citação de Mateus acompanha a Septuaginta, e enfatiza a incredulidade obstinada do povo. A expressão hebraica torna o coração deste povo insensível, apresenta a condição como castigo de Deus pela sua dureza espiritual.)

13:16, 17 Os discípulos, que aceitaram o Messias, foram beneficiados com os privilégios desejados há muito pelos profetas e homens justos da economia do V.T. (conf. I Pe. 1:10-12).

13:18-23 A interpretação que Jesus dá à parábola explica que o destino da Palavra nesta dispensação, humanamente falando, é devido à condição dos corações humanos.

13:18 O semeador. Não identificado, mas de conformidade com a parábola seguinte, está claro que é o próprio Cristo, e aqueles que o representam (13:37).

13:19 A palavra do reino (palavra de Deus, Lc. 8:11), simbolizada pela semente, é a mensagem que Jesus proclamou referente a ele mesmo e ao seu reino. Este é o que foi semeado à beira do caminho. Não é uma confusão de figuras, mas uma visão da semente no solo que culmina na planta, e assim representando o caso individual. o ouvinte ao pé do caminho é aquele que não reage de maneira nenhuma, do qual Satanás (o maligno), pessoalmente ou através de agentes (aves, v. 4, costumam representar simbolicamente o mal: Jr. 5:26, 27; Ap. 18:2), logo remove todas as impressões espirituais.

13:20, 21 A semente sobre o recife descreve o caso do ouvinte superficial, emocional (a recebe logo com alegria), cujo entusiasmo inicial fica completamente murcho sob o sol revigorante e necessário da angústia ou a perseguição.

13:22 A semente que brota entre os espinhos descreve o ouvinte preocupado cujo coração já está cheio de cuidados e de interesses mundanos (os espinhos já estão no solo, mas não visíveis no momento da sementeira). Uma fidelidade dividida não permite a maturação dos valores espirituais.

13:23 Os únicos ouvintes que receberam aprovação são os da boa terra. Só ali se produz fruto (Gl. 5:22, 23), e a fertilidade é o teste da vida (Jo. 15:1-6). A explicação de como os corações chegaram a tais condições está fora do alcance desta parábola.

13:24. O reino dos céus é semelhante a um homem. Cristo caracteriza o interregno através do caso do homem que teve a seguinte experiência.

13:25, 26. Os homens dormiam. De noite; o momento mais provável para este trabalho perverso. Nem aqui nem na interpretação este detalhe é considerado uma negligência. Joio. Zizania, todos concordam que é joio (lolium temulentum), uma planta nociva, praticamente impossível de distinguir do trigo até que a espiga se desenvolva.

13:27. Donde vem, pois, o joio? A extensão da planta inútil não pode ser devido a um acaso (por exemplo, o vento levou a semente), mas só em virtude de uma sementeira deliberada. Mas, não é óbvio que o pai de família semeou boa semente? (A resposta afirmativa está implícita.)

13:28. Um inimigo fez isso. Exemplos de tal malícia sem rodeios existem (Alford, New Testament for Eng. Readers, pág. 98, 99).

13:29,30. Tempo da ceifa. Quando as diferenças entre o trigo e o joio forem mais pronunciadas, e a separação puder ser feita economicamente pelos ceifeiros. Então o joio foi primeiro atado em molhos para ser queimado, e o trigo foi ajuntado.

13:31, 32. O Grão da Mostarda. Esta parábola parece-se com as duas primeiras no seguinte: todas mencionam um homem, um campo e a semente. Consistentemente interpretadas, em cada uma delas o homem simboliza Cristo, o campo é o mundo, e a semente é a Palavra que fala de Cristo e seu reino. Grão de mostarda. Seu tamanho diminuto é proverbial (conf. Mt. 17:20). No entanto, neste exemplo, ela cresce e se transforma na maior das hortaliças, uma árvore. Exemplos de crescimento fora do comum na Palestina já foram observados por viajantes, mas raramente, se é que houve, do tamanho descrito aqui (conf. Mc. 4:32). Que tal crescimento é tido como desfavorável sugere-se pelas aves que aninham-se nos seus ramos. Nesta série de parábolas, as aves são os agentes do mal (13:4, 19), como acontece frequentemente nas Escrituras (Jr. 5:26, 27; Ap. 18:2). A história confirma o fato de que do menor dos começos a igreja cresceu espantosamente por meio da proclamação da mensagem de Cristo. No entanto tal crescimento fora do comum tem fornecido lugar de pousada para aqueles que são inimigos de Deus, que procuram a sombra e os frutos da árvore para seus próprios interesses (até as nações gostam de serem chamadas “cristãs”). Os discípulos foram advertidos que a simples grandeza do que aparece externamente ser o reino de Cristo não é essencialmente uma contradição ao ensinamento de Cristo que diz que os verdadeiros crentes são um pequeno rebanho rodeado de lobos (Lc. 12:32; Mt. 10:16).

13:33-35. O Fermento. Embora alguns interpretem esta parábola e a precedente como sendo uma descrição da influência extensa do Evangelho, tais explicações violam o uso que Jesus fez desses símbolos em outros lugares, como também o significado das outras parábolas (por exemplo, O Joio) que mostram a existência do mal até o fim da dispensação.

13:33. Fermento. Um bolo de massa velha em alto grau de fermentação. O fermento no V.T. é geralmente símbolo do mal. Mais tarde Cristo usou esse símbolo referindo-se à doutrina perniciosa dos fariseus, saduceus e Herodes (Mt. 16:6-12; Mc. 8:15). As referências paulinas (I Co. 5:6, 7; Gl. 5:9), que com certeza consideram o fermento como sendo o mal, parecem grandemente influenciadas pelas parábolas de Cristo. Três medidas de farinha. Parece uma quantidade comumente usada na cozinha (Gn. 18:6). A mulher (em contraste com o homem nas outras parábolas é o oponente de Cristo e impregna o reino nesta dispensação com falsa doutrina. Em outro lugar ela é denominada “Impiedade” (Zc. 5:7,8), “Jezabel” (Ap. 2:20 e segs.), e a “grande meretriz” (Ap. 17:1 e segs.). Por meio dessa caracterização do fermento na farinha, os crentes são advertidos a se precaverem contra a falsa doutrina que se infiltraria em todas as partes do reino no seu aspecto interregno.

13:34, 35 Nesta ocasião Cristo falou publicamente (às multidões) só em linguagem simbólica, sem interpretação. Só aos discípulos ele explicou o simbolismo (13:10 e segs.; 13:36 e segs.). Mateus o considerou uma retrospecção do Sl. 78:2, e viu em Jesus o mais perfeito cumprimento da função profética.

13:36-43 A interpretação que Cristo dá à parábola do Joio. Para a própria parábola consulte 13:24-30.

13:36. Explica-nos a parábola. Esta parábola é mais complicada do que a da Mostarda, da Semente e do Fermento e a sua implicação com o mal persistente pode ter entrado em conflito com as ideias dos discípulos. A explicação que nosso Senhor deu aos símbolos mostra que os detalhes maiores são importantes, mas que alguns aspectos têm simplesmente a função de dar forma à história e não são simbólicos (por exemplo, o homem que dormia, os servos do pai de família, o amarrar dos feixes).

13:38, 39. O campo é o mundo. Não a Igreja. Filhos do reino. Como na explicação do Semeador, a semente é considerada aqui como tendo produzido plantas (13:19). O aparecimento dos verdadeiros seguidores de Cristo neste mundo é imitado pelo diabo, cujos filhos frequentemente se disfarçam em crentes (II Co. 11:13-15).

13:40-43 Embora a remoção eficiente em estágio precoce fique provado ser impossível (v. 29), no fim anjos serão encarregados de colher o joio e o retirarão do seu reino. Assim o joio no mundo também é considerado existente dentro do reino sob um certo aspecto. Deve ser, portanto, na peculiar forma do Reino durante o interregno. A remoção final será feita pelos anjos na consumação do século – o fim da septuagésima semana de Daniel, e o tempo da segunda vinda de Cristo, quando Ele estabelecerá o seu glorioso reino (Mt. 25:31-46; Dn. 12:3). Deve-se observar novamente que a Igreja e o Reino não são co-extensivos, embora, antes do Arrebatamento, os cidadãos do Reino também sejam membros da Igreja. Depois que a Igreja for retirada pelo Arrebatamento, haverá cidadãos do Reino na terra durante a Tribulação. A declaração de que o joio será colhido “primeiro” (vs. 30, 41-43) demonstra claramente que isto não acontecerá por ocasião do Arrebatamento (ocasião na qual os santos serão colhidos), mas no final da Tribulação. Veja uma declaração similar no comentário sobre Mt. 24:40-42, onde os que são retirados são julgados, e os que ficam desfrutam de bênçãos.

13:44. O Tesouro Oculto. Embora o tesouro costume ser explicado como sendo Cristo, o Evangelho, a salvação, ou a Igreja, pelo que o pecador deveria estar pronto a sacrificar tudo, o uso consistente da palavra homem nesta série refere-se a Cristo, e o ato de esconder novamente depois de encontrar toma os quadros diferentes. Antes, o tesouro oculto num campo descreve o lugar ocupado pela nação de Israel durante o interregno (Êx. 19:5; Sl. 135:4). Cristo veio para essa nação obscura. A nação, entretanto, rejeitou-o, e assim, com propósito divino, foi privada de sua importância financeira; anda hoje continua obscura no seu aspecto externo quanto ao seu relacionamento com o reino messiânico (Mt. 21:43). Mas Cristo deu a sua própria vida (tudo quanto tem) para comprar todo o campo (o mundo, l Co. 5:19; I Jo. 2:2), e assim conseguiu plena posse de direito por descobrimento e redenção. Quando ele voltar, o tesouro será desenterrado e totalmente revelado (Zc. 12,13).

13:45, 46. A Pérola. Esta parábola, parecida no seu desenvolvimento com a do Tesouro Escondido, costuma ser explicada da mesma maneira; mas essas explicações são vulneráveis diante de algumas das mesmas objeções. É consistente, entretanto, que se considere Cristo o negociante, que veio buscar homens e mulheres (boas pérolas) que lhe correspondessem e à sua mensagem. Finalmente deu a sua vida (tudo o que possuía) para comprar uma pérola de grande valor (I Co. 6:20). Essa uma pérola representa a Igreja, essa outra grande sociedade dentro do Reino, composta de homens e mulheres que foram feitos um só na Igreja (I Co. 10:17; 12:12, 13).

13:47-50. A Rede. Uma parábola parecida com a do Joio, mas com ênfase diferente. Esta rede é a rede de arrastão que se costuma deixar na água por algum tempo. Representa o Evangelho, que foi enviado ao mundo (mar nas Escrituras costuma simbolizar muitas vezes as nações que não têm descanso. Lc. 21:25; Dn. 7:3, 17) através de Cristo e seus apóstolos. Entre os diversos tipos de peixes apanhados pela rede, alguns são ruins, os quais Jesus interpreta como os homens maus, e que na parábola do Joio foram ali colocados por Satanás (conf. também com as aves nos ramos, v. 32). Nem todos os que parecem aceitar o Evangelho são genuinamente convertidos.

13:51-53. Conclusão das parábolas. Os discípulos, que receberam as parábolas e também os princípios de interpretação (conf. Mc. 4:34) demonstraram compreender esses ensinamentos. Então Jesus comparou a situação deles com a de um escriba versado (isto é, mestres e intérpretes da verdade de Deus) que é semelhante a um pai de família eficiente que tem um celeiro repleto para cumprimento de suas obrigações. Coisas novas e coisas velhas. Velhas verdades há muito contidas no V.T. e as novas como aquelas que foram reveladas nas parábolas.

13:54-58. Visita a Nazaré. Mateus anexa este incidente para ilustrar de maneira tocante o desenvolvimento da oposição que tornou necessário o método das parábolas (13:11-15). Esta visita, também registrada em Mc. 6:1-6, é outra e não aquela anterior narrada em Lucas 4:16-30 (antes de Mt. 4:13).

13:55. O filho do carpinteiro. A narrativa de Marcos (6:3) indica que alguns chamavam Jesus de “o carpinteiro”, indicação de que nosso Senhor aprendeu o ofício de José. Seus irmãos. Para um comentário detalhado sobre se esses irmãos eram uterinos, meio irmãos, ou primos, veja J. A. Broadus, Commentary on the Gospel of Matthew, págs. 310-312, ou P.S. Schaff, em Lange's Commentary on Matthew, págs. 255- 260.) Na ausência de qualquer insinuação de que esses irmãos devem ser considerados em algum sentido fora do comum, deve-se deduzir no sentido natural que eram filhos de José e Maria. Parece muitíssimo provável que dois deles, Tiago e Judas, tornaram-se escritores das epístolas do N.T.

13:56, 57 Embora a mãe e os irmãos de Cristo tivessem se mudado para Cafarnaum (4:13), suas irmãs evidentemente se casaram e ficaram em Nazaré (entre nós). Considerando que a meninice e juventude de Cristo não se distinguiram por nenhum milagre (conf. Jo. 2:11) seus concidadãos não foram capazes de entender a razão ou de aceitar esse novo reino. Por isso Jesus emprega o mesmo provérbio que antes para explicar a reação deles (Lc. 4:24).

13:58. Não fez ali muitos milagres. Apenas algumas curas (Mc. 6:5) Por causa da incredulidade deles. O poder de Cristo não depende da fé dos homens (conf. Jo. 9:3, 36; Lc. 7:11-15). Entretanto, a incredulidade impediu muitas oportunidades para realização de milagres visto que não muitas pessoas o procuravam.

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