Interpretação de Daniel 10

Daniel 10

Daniel 10 é o início de uma visão final que percorre os capítulos 10, 11 e 12 do Livro de Daniel. Neste capítulo, Daniel recebe a visão de um ser celestial que lhe fornece uma visão sobre os eventos futuros e as batalhas espirituais que ocorrem nas esferas celestiais. Aqui está uma interpretação dos pontos-chave em Daniel 10:

1. O Luto e o Jejum de Daniel (Daniel 10:1-3): No terceiro ano de Ciro, rei da Pérsia, Daniel pranteou durante três semanas, abstendo-se de comida, vinho e loções escolhidas. Este período de luto e jejum reflete a profunda preocupação de Daniel pelo bem-estar do seu povo e o seu desejo de buscar a orientação de Deus.

2. A Aparição do Ser Glorioso (Daniel 10:4-9): Enquanto Daniel está à beira do rio Tigre, ele vê um homem vestido de linho com um cinto de ouro fino, cujo corpo brilha como uma pedra preciosa. Este ser celestial é descrito em termos majestosos, e sua aparência enche Daniel de admiração e medo.

3. A Fraqueza e o Fortalecimento de Daniel (Daniel 10:10-11): À medida que o ser glorioso se aproxima, Daniel cai no chão com medo, e sua força o abandona. O ser toca Daniel e o fortalece, garantindo-lhe que ele é muito estimado e que suas orações foram ouvidas.

4. A Mensagem do Ser Glorioso (Daniel 10:12-21): O ser celestial explica a Daniel que ele foi despachado no momento em que Daniel começou suas orações, mas foi atrasado pela oposição do “príncipe do reino da Pérsia”. Esta batalha espiritual destaca o conflito nas esferas celestiais. O ser diz a Daniel que ele revelará o que está registrado no Livro da Verdade e lhe dará informações sobre eventos futuros, incluindo a ascensão de reis e reinos.

Daniel 10 oferece vários pontos interpretativos importantes:

1. Guerra Espiritual: O capítulo revela a existência de guerra espiritual nos reinos celestiais. A demora enfrentada pelo ser celestial em chegar ao local de Daniel devido à oposição do “príncipe da Pérsia” sugere que os seres angélicos estão envolvidos em batalhas que impactam os assuntos humanos.

2. A Estima e Fidelidade de Daniel: A humildade, devoção e fidelidade de Daniel a Deus são destacadas pelas palavras do ser celestial. As orações de Daniel foram ouvidas e estimadas nas cortes celestiais, demonstrando o significado da oração sincera.

3. Revelação de Eventos Futuros: O capítulo prepara o cenário para a revelação de eventos futuros nos capítulos 11 e 12. O ser celestial fornece a Daniel insights sobre a ascensão e queda de reis e reinos, oferecendo uma prévia do que está por vir.

4. A Intervenção de Deus: O fortalecimento de Daniel e a chegada do ser celestial sublinham a intervenção de Deus na vida dos Seus servos fiéis. Mesmo em meio a batalhas espirituais e turbulências terrenas, os propósitos de Deus estão sendo cumpridos.

Daniel 10 serve como uma introdução à visão final do livro, lançando luz sobre as forças espirituais que atuam nos bastidores da história humana. Enfatiza a importância da oração, da fidelidade e da estima que Deus tem por aqueles que O buscam. O capítulo também prepara o leitor para a profecia detalhada de eventos futuros nos capítulos subsequentes, que incluem elementos históricos e escatológicos.

Os três últimos capítulos de Daniel constituem uma unidade profética. As “datas” de 11:1 e 12:1 não anunciam novos oráculos, como as informações similares no começo de outros capítulos.

O capítulo 10 é o registro de uma visão introdutória, correspondente na estrutura da seção com os dois primeiros versículos do capítulo 9. O capítulo 11, até o versículo 35, trata de acontecimentos há muito passados que transpiraram principalmente no período grego depois da morte de Alexandre e culminaram com a perseguição dos judeus por Antíoco Epifânio. De 11:36 até o fim do capítulo 12, a predição é dos eventos relacionados com o fim dos tempos.

Através de toda esta seção, Daniel está preenchendo com mais detalhes o quadro pincelado nas suas primeiras profecias. Capítulo 2 nos deu o esboço principal; capítulo 7 reforça-o de um outro ponto de vista, ampliando a etapa final do fim dos tempos do quarto reino e o reino do Messias, o futuro dos Hebreus (“santos” ou “povo santo”) é meramente introduzido. Capítulo 8 nos dá mais detalhes do estado dos judeus no período da Média-Pérsia e Grécia, dando ênfase a Antíoco Epifânio e o conflito dos Macabeus. O capítulo 9 apresentou um esboço de todo o futuro de Israel e Jerusalém. Agora este oráculo final, os capítulos 10 a 12, preenche os detalhes do futuro de Israel, concentrando-se no período do Anticristo e na questão relacionada com “as últimas coisas”: a Grande Tribulação, a ressurreição dos mortos, as recompensas e castigos finais.

Estes capítulos finais também tratam do maravilhoso ponto culminante na experiência do crescimento espiritual atingido pelo profeta de Deus. Primeiro, ele apenas interpretou o sonho de outrem através de um sonho seu (cap. 2). Mais tarde ele interpretou outros sonhos e experiência de Nabucodonosor e Belsazar (caps. 4 e 5). O capítulo 7 conta suas próprias visões – experiências espirituais verdadeiramente grandes. A história do capítulo 8 trata de um “arrebatamento” espiritual, através do qual ele recebeu, em uma terra longe do lar, uma visão do futuro que afetaria a sua nação. Logo a seguir trata de urna visão verdadeiramente física do anjo Gabriel no quarto do próprio Daniel. Agora o profeta vê com os seus olhos alguém parecido com o próprio Filho de Deus em sua presença física.

Interpretação

Os três últimos capítulos de Daniel constituem uma unidade profética. As “datas” de 11:1 e 12:1 não anunciam novos oráculos, como as informações similares no começo de outros capítulos. O capítulo 10 é o registro de uma visão introdutória, correspondente na estrutura da seção com os dois primeiros versículos do capítulo 9. O capítulo 11, até o versículo 35, trata de acontecimentos há muito passados que transpiraram principalmente no período grego depois da morte de Alexandre e culminaram com a perseguição dos judeus por Antíoco Epifânio.

De 11:36 até o fim do capítulo 12, a predição é dos eventos relacionados com o fim dos tempos. Através de toda esta seção, Daniel está preenchendo com mais detalhes o quadro pincelado nas suas primeiras profecias. Capítulo 2 nos deu o esboço principal; capítulo 7 reforça-o de um outro ponto de vista, ampliando a etapa final do fim dos tempos do quarto reino e o reino do Messias, o futuro dos Hebreus (“santos” ou “povo santo”) é meramente introduzido. Capítulo 8 nos dá mais detalhes do estado dos judeus no período da Média-Pérsia e Grécia, dando ênfase a Antíoco Epifânio e o conflito dos Macabeus. O capítulo 9 apresentou um esboço de todo o futuro de Israel e Jerusalém. Agora este oráculo final, os capítulos 10 a 12, preenche os detalhes do futuro de Israel, concentrando-se no período do Anticristo e na questão relacionada com “as últimas coisas”: a Grande Tribulação, a ressurreição dos mortos, as recompensas e castigos finais.

Estes capítulos finais também tratam do maravilhoso ponto culminante na experiência do crescimento espiritual atingido pelo profeta de Deus. Primeiro, ele apenas interpretou o sonho de outrem através de um sonho seu (cap. 2). Mais tarde ele interpretou outros sonhos e experiência de Nabucodonosor e Belsazar (caps. 4 e 5). O capítulo 7 conta suas próprias visões – experiências espirituais verdadeiramente grandes. A história do capítulo 8 trata de um “arrebatamento” espiritual, através do qual ele recebeu, em uma terra longe do lar, uma visão do futuro que afetaria a sua nação. Logo a seguir trata de urna visão verdadeiramente física do anjo Gabriel no quarto do próprio Daniel. Agora o profeta vê com os seus olhos alguém parecido com o próprio Filho de Deus em sua presença física.

As Circunstâncias da Revelação. 10:1-4.1.
A data explica o pranto de Daniel. No terceiro ano de Ciro o trabalho da restauração do Templo (Esdras 1.3) foi interrompido (Esdras 4: 4, 5).

10:2, 3. Estes versículos mostram que a idade avançada pode ser um período de intensa atividade e realizações espirituais (cons. Lc. 2:36, 37). Era uma abstinência temporada, não ascetismo (veja Mc. 7:14-23; Atos 10:9-18; I Tm. 4:1-5).

A Revelação e os Seus Efeitos. 10:5-9.
Favorecendo a identificação do homem do versículo 5 como sendo Gabriel, o anjo que mais tarde fala com Daniel, está a ausência de qualquer indicação categórica que diga o contrário. Favorecendo a identificação do homem como sendo o Cristo pré-encamado estão:

1) correspondência de linguagem com 7:13; 2) semelhanças com a visão que Ezequiel teve dEle (Ez. 1:26, no contexto); 3) semelhança com a visão que João teve de Cristo (Ap. 1:12-20); 4) o fato dEle permanecer, mais tarde na visão, “acima das águas”, separado, onde nem mesmo os anjos se atrevem a ficar (Dn. 12:6); 5) a maneira pela qual os anjos apelaram para Ele em busca de conhecimento superior (12:6). O efeito desta visão sobre Daniel deveria fazer-nos cautelosos em buscar ou orar pedindo experiências sobrenaturais fora do comum da presença de Deus além daquelas experiências comumente garantidas aos crentes sinceros.

O Fortalecimento do Profeta para o Seu Trabalho. 10:10-12, 15-19.
Sugestões para a vida devocional particular do crente: 1) O temor não é necessariamente prejudicial (compare com Rm. 3:18). “Deus quer que os nossos temores nos sirvam de freios” (Calvino). 2) A oração deve ser fervorosa quando sabemos a vontade de Deus. O anjo apenas confirmou o que Daniel já sabia (cons. I Jo. 5:14). 3) Profunda humildade é uma circunstância concomitante da oração à vista da soberania de Deus. 4) O temor, o fervor, a humildade, devem estar ligados à confiança ou ousadia, pois nós nos aproximamos do nosso Deus em Cristo (cons. “teu Deus” Dn. 10:12). Veja também Hb. 11:6; Tg. 1:6, 7 ; Hb. 4:16. 5) Expectativa. Algo realmente aconteceu. 4) O Alcance da Profecia. 10:14. Veja comentários sobre 2:38.

5) Os Conflitos do Mensageiro Angélico. 10:13, 20, 21.
No mundo do V.T. os homens criam que cada nação tinha o seu próprio Deus especial (por exemplo, Is. 37:38; Dn. 4:8; II Cr. 28:23). Os profetas proclamaram a nulidade dos ídolos. Há, entretanto, em outras porções das Escrituras, informações ocasionais sobre o fato que os maus espíritos, que não devem ser identificados com os ídolos, estavam por trás de todo o engano, tendo nisso prazer e lucro perverso (Ef. 6:11, 12; I Co. 8:4, 5; 10:19, 20; Judas 9; Ap. 12:7; Mt. 25:41). Veja também II Co. 10:3, 4; I Tm. 4:1-4.

10:1. A data explica o pranto de Daniel. No terceiro ano de Ciro o trabalho da restauração do Templo (Esdras 1.3) foi interrompido (Esdras 4: 4, 5).

10:2, 3 Estes versículos mostram que a idade avançada pode ser um período de intensa atividade e realizações espirituais (cons. Lc. 2:36, 37).

Era uma abstinência temporada, não ascetismo (veja Mc. 7:14-23; Atos 10:9-18; I Tm. 4:1-5).

10:5-9 Favorecendo a identificação do homem do versículo 5 como sendo Gabriel, o anjo que mais tarde fala com Daniel, está a ausência de qualquer indicação categórica que diga o contrário. Favorecendo a identificação do homem como sendo o Cristo pré-encamado estão: 1) correspondência de linguagem com 7:13; 2) semelhanças com a visão que Ezequiel teve dEle (Ez. 1:26, no contexto); 3) semelhança com a visão que João teve de Cristo (Ap. 1:12-20); 4) o fato dEle permanecer, mais tarde na visão, “acima das águas”, separado, onde nem mesmo os anjos se atrevem a ficar (Dn. 12: 6); 5) a maneira pela qual os anjos apelaram para Ele em busca de conhecimento superior (12: 6).

O efeito desta visão sobre Daniel deveria fazer-nos cautelosos em buscar ou orar pedindo experiências sobrenaturais fora do comum da presença de Deus além daquelas experiências comumente garantidas aos crentes sinceros.

10:10-12, 15-19 Sugestões para a vida devocional particular do crente: 1) O temor não é necessariamente prejudicial (compare com Rm. 3:18). “Deus quer que os nossos temores nos sirvam de freios” (Calvino). 2) A oração deve ser fervorosa quando sabemos a vontade de Deus. O anjo apenas confirmou o que Daniel já sabia (cons. I Jo. 5:14). 3) Profunda humildade é uma circunstância concomitante da oração à vista da soberania de Deus. 4) O temor, o fervor, a humildade, devem estar ligados à confiança ou ousadia, pois nós nos aproximamos do nosso Deus em Cristo (cons. “teu Deus” Dn. 10:12). Veja também Hb. 11:6; Tg. 1:6, 7 ; Hb. 4:16. 5) Expectativa. Algo realmente aconteceu.

10:13, 20, 21 No mundo do V.T. os homens criam que cada nação tinha o seu próprio Deus especial (por exemplo, Is. 37:38; Dn. 4:8; II Cr. 28:23). Os profetas proclamaram a nulidade dos ídolos. Há, entretanto, em outras porções das Escrituras, informações ocasionais sobre o fato que os maus espíritos, que não devem ser identificados com os ídolos, estavam por trás de todo o engano, tendo nisso prazer e lucro perverso (Ef. 6:11, 12; I Co. 8:4, 5; 10:19, 20; Jud 9; Ap. 12:7; Mt. 25:41). Veja também II Co. 10:3, 4; I Tm. 4:1-4.

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