Significado de 1 Tessalonicenses 2

1 Tessalonicenses 2

2:1-12 O ministério de uma pessoa não será inútil (NVI) se ela tiver motivos puros (v. 3), se buscar a aprovação de Deus (v. 4-6) e se amar seu povo com o amor abnegado de uma mãe (v. 7-9) e o amor encorajador e corretivo de um pai (v. 10-12).

2:1, 2 Parece que os motivos de Paulo para ir a Tessalônica foram atacados, depois de sua partida, por gentios pagãos e por judeus apegados à sua fé tradicional. Paulo mostrou o que os tessalonicenses sabiam, que sua pregação não havia sido vã (1 Ts 1.9), mas anunciou sua mensagem diante da oposição, incluindo a dolorosa experiência de ser açoitado e lançado na prisão em Filipos (At 16.22-24). Somente os incrédulos questionaram os motivos de Paulo na tentativa de enfraquecer a fé dos cristãos tessalonicenses. A resposta de Paulo foi bem diferente da nossa. Ele deixou que seu testemunho falasse por si mesmo. Uma simples crítica ou um olhar repulsivo podem ser como um balde de água fria em nosso testemunho. Que Deus nos ajude a anunciar as boas-novas dele em Cristo, a despeito da perseguição que enfrentemos.

2:3, 4 Respondendo às críticas quanto aos seus motivos para pregar, Paulo afirmou ter usado a verdade, não o engano; seus motivos eram puros, não eram fruto de imundícia; sua apresentação era feita com sinceridade, não com fraudulência (uma palavra usada também como referência a uma isca para pegar peixe, sugerindo engano). Em contraste a essas críticas, Paulo afirmou que ele e seus colaboradores eram mensageiros aprovados, missionários que as provações revelaram ser sinceros. O ministério que eles tinham não era escolha pessoal deles, mas designação de Deus.

2:5-8 Paulo negou que, em sua visita aos tessalonicenses, tenha usado lisonjas. Pelo contrário, pregou com ousadia que todos eram pecadores que precisavam ser salvos pela graça de Deus. Suas pregações não serviam como um pretexto de avareza, ou seja, como uma máscara para esconder a ganância. Aqui ele apela a Deus como sua testemunha, porque ninguém poderia examinar seus motivos. Além disso, ele e seus companheiros não estavam buscando louvor nem desejando posições de autoridade. Paulo nem exercia seu direito ao suporte financeiro (1 Co 9.3-14; 2 Co 11.7-11). Pelo contrário, aqui, como em Corinto, ele arcava com suas próprias despesas. Em contraste às acusações dos inimigos, Paulo e seus companheiros demonstraram seu amoroso cuidado com os tessalonicenses. Uma ama profissional pode e sabe suprir as necessidades físicas de um bebê, mas somente uma mãe cria seus filhos com amor maternal. Paulo enfatiza a extensão de seu amor: ele teria sacrificado sua vida por eles, se necessário fosse.

2:9 O afeto de Paulo pelos tessalonicenses era demonstrado por seu trabalho. Como em 1 Tessalonicenses 1.3, essa palavra indica um trabalho árduo que produz cansaço e fadiga. Paulo fazia tendas para suprir suas necessidades financeiras, trabalhando noite e dia, para não ser um fardo para seus convertidos. As ações de Paulo mostravam que seu ministério era motivado por um desejo altruísta de promover o bem-estar dos outros, e não investir em suas próprias necessidades.

2:10-12 Além de evitarem qualquer necessidade financeira (v. 9), os princípios morais e a devoção a Deus demonstrados por Paulo e seus companheiros respaldavam sua mensagem. Consolavam e desafiavam os tessalonicenses como uma mãe amorosa (v. 7; NVI). O principal objetivo de Paulo era que eles se conduzissem dignamente para com Deus, ou vivessem de um modo que estivesse à altura do Deus a quem serviam. Parece um padrão impossível de ser alcançado. Mas Paulo lembra os tessalonicenses de que Deus os havia chamado para esse propósito, e Ele, sem dúvida, iria capacitá-los, pois aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até o Dia de Jesus Cristo (Fp 1.6). Os cristãos deveriam ter os mesmos objetivos que Paulo tinha: receber a aprovação divina e a recompensa diante do tribunal de Cristo (2 Co 5.9, 10).

2:13 Paulo e seus companheiros eram gratos pelo modo como os tessalonicenses haviam recebido a Palavra de Deus. Operando eficazmente em vós (ARA). Os cristãos gentios de Tessalônica podiam comparar a Palavra pura de Deus, e seu efeito transformador, com as religiões pagãs imorais, que somente pervertiam ainda mais as pessoas. De igual modo, os cristãos judeus podiam comparar o amor e a graça de Deus no evangelho com o legalismo e o orgulho que a religião judaica muitas vezes produzia. O que era verdadeiro acerca da Palavra pregada em Tessalônica também é verdadeiro acerca da Palavra escrita de Deus, que é viva, e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes (Hb 4-12).

2:14 Assim como a Igreja na Judeia foi perseguida por judeus incrédulos, os tessalonicenses estavam sendo perseguidos por judeus e gentios, e tornaram-se imitadores daqueles na Judeia (1 Ts 1.6). Às vezes, o sofrimento vem por causa de nossas próprias falhas (1 Pe 4.15), mas esses cristãos estavam sofrendo porque representavam a verdade de Deus (1 Pe 4.16).

2:15 E nos têm perseguido. Paulo diz aos tessalonicenses que eles não devem surpreender-se com o sofrimento por causa de Cristo, uma vez que os irmãos cristãos da Judéia, incluindo ele mesmo, também haviam sofrido pela causa do evangelho. Tal hostilidade à Igreja, na verdade, representa a hostilidade a Cristo (leia as palavras de Cristo para Paulo em At 9.4, 5).

2:16 Encherem sempre a medida de seus pecados. A implicação é que Deus permitirá que uma nação, um grupo ou indivíduo acumulem apenas certa quantidade de pecados antes que Seu juízo venha sobre eles (Gn 15.16). Neste caso, Paulo diz que o juízo está próximo. Assim como andar em Cristo levará à completa salvação e a uma recompensa, os pecados dos ímpios levarão ao castigo final.

2:17, 18 Ao contrário do que os acusadores de Paulo estavam declarando, o apóstolo desejava ansiosamente voltar a ver os cristãos tessalonicenses. Mas, entre outras coisas, provavelmente a fiança que Jasom havia pagado por ele (At 17.9) o impediu (Dn 10.13). Se Paulo voltasse e houvesse um tumulto, a fiança de Jasom teria sido confiscada (At 17.1-9). O significado literal de sendo privados é ficar sem alguém especial, como no caso de um pai separado de um filho (lT s 2:7; 2:11). Paulo estava com o coração partido por ser tirado do meio deles, especialmente quando eles estavam começando a andar em Cristo. As muitas expressões de afeto nesta carta mostram a preocupação genuína que Paulo tinha com esses novos convertidos.

2:19, 20 A despeito da perseguição e da oposição satânica, Paulo enxergava além das provações do presente (2 Co 4-16-18). Ele via a alegria de estar diante de nosso Senhor Jesus Cristo e com os novos cristãos que haviam encontrado o Senhor por meio dele. Os tessalonicenses seriam a coroa (o laurel concedido ao vencedor de competições esportivas gregas) de Paulo porque provariam a genuinidade de sua obra em Cristo.

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