Tessalônica — Viagens Missionárias de Paulo

Tessalônica — Viagens Missionárias de Paulo
Tessalônica — Viagens Missionárias de Paulo

Viajando ao longo da estrada Egnaciana de Filipos, Paulo e seus companheiros passaram através de Anfípolis e Apolônia a caminho de Tessalônica (a moderna Salônica). Fundada cerca de 315 a.C. por Cassandro, que lhe deu o nome de sua mulher, meia irmã de Alexandre o Grande, era uma cidade livre, porto de mar e centro comercial, cujos funcionários se intitulavam politarcas (17:6).

A colônia judaica de Tessalônica tinha uma sinagoga onde Paulo pregou durante três semanas. Lucas definiu sucinta mas cuidadosamente o tipo de mensagem que Paulo dirigia às pessoas de mentalidade judaica. A sua premissa principal era que o Messias das Escrituras devia morrer e ressuscitar dos mortos — uma ideia nova para os judeus, que concebiam o Messias apenas como rei. A premissa menor era que Jesus de Nazaré correspondia à descrição profética e devia ser identificado com o Messias (17:3). Esta conclusão não vem expressa, mas a inferência é óbvia: se Jesus de Nazaré é o Messias anunciado, deve ser imediatamente aceito por todos os verdadeiros judeus.

Cf. Classificação das Cartas Paulinas
Cf. O Fim da Lei na Teologia Paulina
Cf. Regeneração na Teologia Paulina
Cf. Significado do Batismo com Fogo

Seguiu-se uma acentuada divisão de opiniões. Alguns dos judeus creram, e houve forte reação favorável entre os gregos prosélitos. Paulo, aludindo a este exemplo na primeira carta que escreveu àquela igreja, disse que haviam aceitado a sua mensagem, “não como palavra de homens, mas, segundo é, na verdade como palavra de Deus” (1 Ts 2:13), e que se tinham convertido dos ídolos a Deus para servir “o Deus vivo e verdadeiro” (1 Ts 1:9). Nas epístolas aos tessalonicenses, o apóstolo referiu-se várias vezes à tensão entre os conversos e os judeus que haviam rejeitado a sua mensagem, e não logrou ocultar o seu desespero pelos ciumes mesquinhos que os levavam a impedi-lo de anunciar o Evangelho de Cristo aos gentios (1 Ts 2:15,16). A oposição tornou-se tão intensa que os evangelistas não puderam permanecer na cidade; fugiram de noite para Beréia, onde começaram novamente a pregar na sinagoga.