As Filosofias — Mundo do Novo Testamento

As Filosofias — Mundo do Novo Testamento
As Filosofias — Mundo do Novo Testamento

Quando a religião degenera em ritualismo ou em superstição ignorante, os homens que pensam podem deixá-la, porque sentem que ela não pode oferecer-lhes satisfação real. Não podem, contudo, ignorar a necessidade de encontrarem alguma resposta racional aos problemas que o mundo lhes põe. Os mistérios do universo exigem uma explicação, a menos que a pessoa se contente com ser um tal basbaque que jamais se sinta perturbado pelos referidos mistérios. A filosofia vem a ser uma tentativa de correlação de todo o conhecimento que existe a respeito do universo, numa forma sistemática e para integrar com ale a experiência humana. As filosofias têm sido toscas, ou ingênuas, ou sutis, ou profundas. Algumas delas têm reconhecido a existência dum poder supremo ou duma divindade pessoal.

Cf. Livro de Ezequiel
Cf. O Significado da Inspiração Divina
Cf. Origens do Evangelho de Mateus
Cf. Inspiração do Novo Testamento

Outras têm sido francamente materialistas e repelem o conceito dos deuses, quer como ridículo, quer como desnecessário. Em qualquer caso, nunca a filosofia depende de uma revelação de Deus. Ela tem sempre assumido o poder suficiente do homem para compreender o seu próprio mundo e para decidir do seu próprio destino. O conhecimento pelo qual as decisões devem ser determinadas derivará da experiência individual ou da comunidade. A formulação do conhecimento num sistema deve ser orientada por regras de lógica que o homem tem inventado. Através do crescente raio da sua observação e através da progressiva perfeição da sua lógica, o homem deve ser capaz, por fim, de atingir uma compreensão completa dos mistérios que ele é uma parte.

Para atingir este objetivo, foram criados vários sistemas de filosofia. Na extensão em que eles refletem atitudes básicas para com a vida, ainda persistem até o presente, posto que, por vezes, não conservem já os seus nomes originais. Todos estes sistemas foram fundamentados em premissas diferentes dos princípios básicos do Cristianismo. Se bem que muitos deles possuíssem aspectos parecidos com os do Cristianismo e ainda que o vocabulário e até algumas práticas dessas fés rivais tenham sido absorvidas mais tarde pelo pensamento do Cristianismo, podem geralmente ser encarados como fôrças opostas e não o material de que se tenha formado o Cristianismo. Um conhecimento elementar de tais sistemas é essencial para uma compreensão clara do ambiente intelectual e religioso do primeiro século.