Moisés na Tradição Judaica

Moisés na Tradição Judaica

Moisés na Tradição Judaica



Este artigo foi escrito por um doutor Rabino que era um Masorti Rabbi, o primeiro líder desta linha no Judaísmo (também conhecido como Judaísmo Conservador), liderando como escritor e pesquisador do Judaísmo.

A figura bíblica de Moisés é a mais importante figura no Judaísmo, líder da saída dos filhos de Israel do Egito, escravidão e particularmente o maior professor da Bíblia Judaíca, a Torah, que ele recebeu de Deus; e por isso muitas vezes a Torah é chamado a “Torah de Moisés”.

A história Bíblica

Como já foi dito, o Pentateuco, do começo de Éxodo até o final de Deuteronômio, a história de Moisés começa com o nascimento de Anrão e Joquebede no Egito. Quando sua mãe escondeu ele nas margens do Nilo para salvar sua vida, porque ele foi ameaçado por um decreto de faraó que dizia que todo hebreu homem deveria morrer. A filha de Faraó teve pena do nenem e o adotou como se fosse seu filho. Moisés cresceu e se tornou um homem e saiu do palácio real, aonde ele cresceu como um príncipe egípcio, para ver as aflições dos contemporâneos hebreus trabalhando pesado abaixo de chibatadas de capatazes egípcios.

Presenciando quando um egípcio estava tentando matar um Israelita, Moisés matou o egípcio, e como resultado de tal ato, ele foi obrigado a fugir para salvar a sua vida. Fujindo para Midiã, Moisés serviu como pastor de ovelhas para Jetro, um sacerdote de Midiã cuja filha, Zípora ele se casou. Durante sua estadia em Midiã, Deus apareceu à Moisés no meio de uma sarça ardente e ordenou que ele fosse até o Faraó e mandasse ele libertar-los daquela escravidão; eventualmente, Deus disse que Moisés iria liderar seu povo para Canaã, a terra de seus pais.

Quando, depois das pragas, Faraó finalmente deixa as pessoas irem, os egípcios perseguem os Israelitas que escapavam, mas foram afogados nas águas do mar, e por onde Moisés liderou o povo a cantar uma música de vitória. Chegando no Monte Sinai, o povo recebeu os dez mandamentos e durante estes quarenta dias que estava no monte, aonde ele não comeu ou bebeu, Moisés recebeu mais leis e instruções que ensinava ao povo. Moisés liderou os Israelitas no deserto por quarenta anos até eles virem para os arredores da Terra Prometida. Moisés então morreu com 120 anos e lá foi sepultado.

Isto é uma simples lista da saga de Moisés como foi dito com muito mais detalhes no Pentateuco e completa é elaborada em numerosas lendas da “Midrash” (interpretação e/ou comentário Bíblico judaico que vai além de religiosidade e moral, são ensinamentos sobre pessoas e acontecimentos históricos da época não mencionados na Bíblia). Conforme a tradicional visão da história de Moisés, e talvez de todo o Pentateuco, como foi colocado pelo próprio Moisés como “ditado” de Deus, a visão que ainda é aceita pelos Judeus Ortodoxos ainda que tenha sido exaustivamente atacada pelos críticos, no qual a regra do Pentateuco é vista como um trabalho composto produzido em períodos diferentes da história de Israel.

A questão do histórico Moisés tem exercitado a mente de muitos estudiosos da Bíblia, poucos, no entanto, vão tão longe em negar completamente que Moisés é uma figura histórica.

O que requere uma discussão, não é somente a questão de Moisés ser uma figura histórica, mas sim do seu papel como uma tão importante figura na vida e pensamento do Judaísmo.

A mais moderna Tradição Judáica

A ambivalência [a] é uma marca a ser observada na tradição Judáica com estima para a personalidade de Moisés. Mas, por outro lado, Moisés é aclamado como o intermediário entre Deus e o homem, como um instrumento da revelação de Deus da “Torah” e de ensinar sobre a “Torah” para Israel, como pai de todos os profetas, com quem Deus falou “face a face”(Êxodo 33:11). Ainda assim, um esforço bem vigoroso foi feito para rejeitar qualquer idéia de que Moisés ser divino ou semi divino.

No Pentateuco, Moisés é descrito como um ser humano com falhas humanas. Ele é relutante para ser o mensageiro de Deus (Êxodo 3:11); ele perde sua calma (Números 20: 9-11); ele cansa e tem filhos (Êxodo 18: 2-4); e eventualmente, como todos os seres humanos, ele morre e é enterrado (Deuteronômio 34). Todos estes papéis de intermediário, não é Moisés, mas Deus quem deu a “Torah” para Israel. Tem um ditado entre os Rabbis que diz “se Deus não tivesse dado a Torah para Moisés, ele poderia ter dado, com o mesmo efeito, para Esdra”. O Judaísmo não é de nenhuma forma “Moseísmo”. É uma religião de pessoas Judaicas.

Durante a idade média, tinha um número de Judeus estudiosos que, evidentemente em resposta para as demandas de reconhecimento de Jesus pelos Cristãos e para Mohamed pelos mulçumanos, elevaram o papel de Moisés tanto que o Judaímos foi feito de forma a ser ele o centro.

Maimonides falando sobre Moisés: A oposta tendência é também claramente observada. Precisamente porque o Cristianismo e, em um grau menor, o islamismo, centralizam em um indivíduo estes pensamentos declaram que o Judaísmo, pelo contrário, não dá uma importância individual a ninguém, nem mesmo Moisés, como participante do coração da fé. A ênfase nesta questão varia na proporção que uma particular competição no período que o papel de Moisés foi medido. Sempre a tensão existe entre a afirmação que Moisés é supremamente significante e da necessidade de diminuir a sua importância. Maimonides é extraordinário em colocar, como um princípio de fé, que o judeu é obrigado a acreditar que Moisés é o melhor homem que já viveu, e, até em particular e forte ênfase, para discussões do Judaísmo no seu tempo e uma lida atenciosa da formulação de Maimonides, mostra que ele faz sua declaração com muitas reservas.

Nesta formulação do sétimo princípio no comentário para o “Mishnah” (Sinédrio 10:1) Maimonides escreveu:

O sétimo princípio da fé. A profecia de Moisés nosso Mestre. Isto implica que nós devemos acreditar que ele foi o pai de todos os profetas antes dele, e que aqueles que vieram depois dele foram todos abaixo dele na hierarquia. Ele foi escolhido por Deus dentre toda humanidade. Ele compreendeu melhor Deus do que qualquer homem, no passado ou futuro, que jamais teria compreendido ou irá compreender. E nós devemos acreditar que ele alcançou um estado de exaltação que ultrapassou a esfera da humanidade; então ele alcançou a categoria dos anjos e foi incluído na ordem dos anjos. Não existiu véu que ele não penetrou. Nem material de resistência no seu caminho, e nem defeito pequeno ou grande que o impregnou. O imaginativo e sensual poder das suas faculdades perceptivas foram retiradas dele. O seu poder desejoso era quieto e ele permaneceu intelectual somente. E foi nesta significância que é memorável dele discursando com Deus sem nenhum intermediário.

É de ser apreciado que, em adição as reservas de Maimonides, ele continua se expressando, que está somente pensando que a sensibilidade de Moisés em relação a Deus é a que ele recebeu na divina comunicação. E é somente nisto que Moisés é maior do que qualquer outro ser humano, e não é para ser pensado que Moisés era sem defeitos.

O Considerado Mestre

No tempo do Talmud o apelido usual de Moisés era “Moshe Rabbenu”, Moisés nosso Mestre. A passagem no “Talmud” (Yevamot 49b) diz que a diferença entre Moisés e todos os outros profetas é que eles viram tudo de um vidro obscuro enquanto Moisés viu através de um vidro transparente. Moisés foi escolhido para ser o líder de Israel porque ele era tão considerado, para suas ovelhas, enquanto pastor de Jetro (Midrash Êxodo Rabbah 2:2). Em outra passagem (Nedarim 38a) Moisés foi dito como sendo rico, forte, e calmo desde que o Sagrado, abençoado seja Ele, somente faz seu Espírito repousar sobre uma pessoa que tenha estas qualidades.

Moisés e seu irmão Arão são frequentemente mencionados juntos como líderes de pessoas, Moisés sendo um homem da lei incorruptível, sem aceitar negociações, enquanto Arão é o líder que a ama paz e busca por isso. Moisés morreu de um beijo de Deus (Bava Batra 17a) e Deus mesmo o enterrou (Sotah 14a) em uma caverna que foi preparada para ele desde a noite do Sabbath da criação (Pesahim 54a).

Não existe nenhuma atitude oficial Judáica para Moisés. O que importa para o Judaismo é o papel de Moisés trazendo a Torah para Israel e interpretando a Torah para eles. Neste caso, o professor da Torah segue as pegadas de Moisés e adiciona algo para a Torah de Moisés. Isso parece ser uma idéia por tras de uma lenda do Talmud (Menahot 29b) que diz que quando Moisés foi miraculosamente introduzido na escola do Rabino Akiba, ele foi primeiro desencorajado, porque ele não era capaz de entender o que o Rabino Akiba estava ensinando. Mas, quando o discípulo perguntou a Akiba como ele sabia alguma coisa, Akiba respondeu: “Isto é uma tradição de Moisés nosso Mestre,” a mente de Moisés estava em paz.

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