Panorama da Carta aos Colossenses

Panorama da Carta aos Colossenses, Estudos Bíblicos, Teologia
PANORAMA DA CARTA AOS COLOSSENSES


Tenha fé em Cristo, a cabeça da congregação (1:1-2:12). Depois dos cumprimentos iniciais da parte de Timóteo e de si mesmo, Paulo dá graças pela fé que os colossenses têm em Cristo e pelo amor deles. Aprenderam sobre a benignidade imerecida de Deus em resultado de Epafras pregar as boas novas entre eles. Desde que Paulo ouviu o relatório a respeito deles, não cessou de orar para que ficassem cheios ‘do conhecimento exato da sua vontade, em toda a sabedoria e compreensão espiritual, para andarem dignamente do Senhor’, e ‘de modo a perseverarem plenamente e serem longânimes com alegria’. (1:9-11) O Pai os livrou para “o reino do Filho do seu amor”, que é a imagem do Deus invisível, e por meio de quem e para quem todas as coisas foram criadas. Ele é a Cabeça da congregação e o primogênito dentre os mortos. Por meio do sangue de Jesus, Deus achou por bem reconciliar todas as coisas novamente consigo mesmo, sim, também os colossenses outrora alienados, ‘desde que, naturalmente, continuem na fé’. — 1:13, 23.

Paulo se regozija em completar os sofrimentos do Cristo em favor da congregação, cujo ministro se tornou. Isto se deu para que pregasse plenamente em favor deles a palavra de Deus concernente ao ‘segredo sagrado, as riquezas gloriosas, a respeito das quais Deus se agradou agora de dar a conhecer a seus santos’. ‘É a Cristo que estamos propalando’, diz Paulo, ‘admoestando e ensinando em toda a sabedoria, a fim de que apresentemos cada homem completo em união com Cristo’. — 1:26-28.

A luta de Paulo se trava em favor dos colossenses, dos laodicenses e de outros, a fim de que sejam consolados e se unam harmoniosamente em amor, tendo em vista ganharem ‘conhecimento exato do segredo sagrado de Deus, a saber, Cristo, em quem estão cuidadosamente ocultos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento’. Não quer vê-los iludidos por argumentos persuasivos, mas, antes, devem prosseguir andando em união com Cristo, “arraigados, e sendo edificados nele e estabilizados na fé”. Paulo dá agora um aviso: “Acautelai-vos: talvez haja alguém que vos leve embora como presa sua, por intermédio de filosofia e de vão engano, segundo a tradição de homens.” — 2:2, 3, 7, 8.

Morrer para as obras da carne, mas ser vivificado para Cristo (2:13-3:17). Embora estivessem mortos nas suas transgressões e incircuncisão, Deus os vivificou junto com Cristo, apagando o documento manuscrito da Lei, que era contra os judeus. ‘Portanto, nenhum homem os julgue’ com respeito à Lei ou observâncias, que são meras sombras da realidade, a saber, Cristo. Também, se morreram junto com Cristo para com as coisas elementares do mundo, por que se sujeitam aos decretos: “Não manuseies, nem proves, nem toques”, segundo os mandamentos e os ensinos dos homens? Uma forma ostentosa, por imposição própria, de adoração, humildade falsa, tratamento severo do corpo — estas coisas são sem valor para combater os desejos da carne. — 2:16, 21.

Ao contrário, Paulo aconselha isto: “Prossegui buscando as coisas de cima, onde o Cristo está sentado à direita de Deus. Mantende as vossas mentes fixas nas coisas de cima, não nas coisas sobre a terra.” Isto é possível mediante despir-se da velha personalidade e revestir-se da nova personalidade, que, mediante o conhecimento exato, não faz distinção carnal entre judeu e grego, pois “Cristo é todas as coisas e em todos”. Significa revestir-se como “escolhidos de Deus”, das ternas afeições de compaixão, benignidade, humildade mental, brandura e longanimidade. Diz o apóstolo: “Assim como Yehowah vos perdoou liberalmente, vós também o fazei. Além de todas estas coisas, porém, revesti-vos de amor, pois é o perfeito vínculo de união.” Quer em palavras, quer em obra, tudo deve ser feito “no nome do Senhor Jesus, agradecendo a Deus, o Pai, por intermédio dele”. — 3:1, 2, 11-14, 17.

Relações com os outros (3:18-4:18). Quanto às relações familiares, que as esposas estejam sujeitas a seus maridos e que os maridos amem as suas esposas, que os filhos obedeçam aos pais e que os pais não exasperem seus filhos. Os escravos devem ser obedientes a seus amos no temor de Deus, e os amos devem tratar seus escravos com justiça. Que todos perseverem em oração e continuem a andar em sabedoria para com os de fora. Tíquico e Onésimo lhes relatarão pessoalmente as coisas concernentes a Paulo e seus colaboradores em prol do Reino de Deus. Eles enviam saudações a Colossos, e Paulo também cumprimenta os irmãos de Laodicéia, pedindo que façam uma troca das cartas que lhes envia. Paulo escreve um cumprimento final de seu próprio punho: “Continuai a lembrar-vos das minhas cadeias. A benignidade imerecida seja convosco.” — 4:18.