Comentário de John Gill: 2 Tessalonissenses 1:1-3

comentário biblico de 1 tessalonissenses
1:1 - Paulo, e Silvano, e Timóteo,... Veja notas de Gill em 1 Tess 1:1.

1:2 - Graça seja convosco, e paz,... Veja notas de Gill sobre Rom 1:7.

1:3 - Nós somos obrigados,... Como todas as bênçãos, temporais e espirituais, vêm dele: e isso sempre: visto que ele já está sempre distribuindo favor ao seu povo, ou continuando os anteriores; e porque esses, especialmente que são de uma natureza espiritual, sempre aguentam, como fé e amor; o qual o apóstolo toma nota particularmente, que os membros desta Igreja tinham, e estava aumentando neles: porque não era para ele, mas para eles, que Paulo dá graças,

Por vós, irmãos:... Que assim eram, não na relação natural ou civil, mas em um sentido espiritual, sendo filhos de Deus, e irmãos de Cristo; e ao fazer isso por eles, ele demonstrava a preocupação que deviam ter uns pelos outros:

Assim como é próprio;... Justo, apropriado; não apenas se tornam, as pessoas que têm recebido as misericórdias de Deus, pessoas gratas por eles; mas é muito correto outros se unirem com eles nesse objetivo, e especialmente os ministros do Evangelho: Está em harmonia com o ofício deles e profissão dar a Deus o louvor e glória por toda graça, e o crescimento, que aqueles, que cooperam com seus labores, são favorecidos, visto que isso não é deles, mas de Deus; e era para um crescimento da graça que o apóstolo aqui dá graças, visto que ele julgava ser obrigado a fazer, era próprio que ele fizesse.

Porque vossa fé está crescendo sobre maneira;... A fé deles não era uma fé de milagres, nem uma mera fé histórica, ou uma falsificação, ou algo temporário, mas a fé do eleito de Deus; que é a evidência de coisas não vistas, de um Cristo não visto, e as glórias de outro mundo também não vistas; aquela graça pela qual um homem sai dele para Cristo para uma vida de retidão, vida, e salvação; pela qual ele está justificado, e pela qual ele vive em Cristo, e caminha como ele por tê-lo recebido. Isto era deles; mas não era deles mesmos, nem do produto da natureza, ou o fruto do poder natural deles e da livre vontade deles; mas era o presente de Deus, e da operação dele; um fruto do Espírito de Deus, e da qual o Cristo era o autor e rematador; e era só seu, como sendo determinado para eles, implantado neles, e exercitado por eles debaixo da influência do Espírito de Deus, e para o uso deles, conforto, e vantagem. Isto era, no princípio, apenas como um grão de semente de mostarda, muito pequeno, mas gradualmente aumentou, e cresceu excessivamente; e de ver o Cristo, e olhando para ele, e que poderia ser no princípio algo muito escurecido e obscurecido, foi algo que procedeu e veio Dele; e que poderia estar de uma maneira muito fraca, mas não estava sem encorajamentos e orientações, e grandes promessas; mas de algo firme e forte, feito seguro no Cristo, embora pudesse ser de um modo trêmulo, e cambaleante na fé, de modo que não são mais incrédulos, mas crentes; e por isso continuam se apoiado e confiando nele, confiando nele com tudo, e para tudo; e isso para reivindicar os interesses nele, dizendo, meu Deus, e meu Deus que é a garantia plena da fé; e isso aumentava mais e mais, esse era o caso da igreja dos Tessalonicenses; o qual o apóstolo soube do amor, fé e boas obras que eles tinham; e pela paciência deles, firmeza, e resolução mesmo sofrendo pela causa do Cristo; tudo que estão na proporção da fé, e o crescimento dessa fé; e, por causa disso, ele dá graças a Deus, porque a fé é uma coisa preciosa; e como isso é algo que vem de Deus, e não deles mesmos, então todo o louvor e agradecimento cabem unicamente a Ele.

E a caridade de uns para com os outros abunda;... Como a fé deles em Cristo, assim também o amor de uns para com os outros também cresce, e se mostra ao servir uns aos outros, tanto nas coisas temporais como nas coisas espirituais; e esse não era o caso de apenas alguns, ou de uma grande parte, mas de cada um deles; que fizeram a comunhão deles entre si como algo confortável e prazeroso. Porque o que é mais prazeroso do que os irmãos morarem juntos em união?[1]


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Notas

[1] Em boa parte dos seus comentários, o Dr. Gill faz alusões a várias partes das Escrituras, sem mencionar os textos. Essa afirmação final de John Gill é tirada dos Salmos 133:1. N do T.