Comentário de Albert Barnes: João 1:6

Um homem enviado de Deus – Veja Mat. 3. O evangelista procede agora a mostrar que João O Batizador não era o Messias e para atestar a verdadeira natureza de seu ofício. Muitos têm suposto que ele era o Cristo, mas essa opinião ele corrige; ainda assim ele admite que ele era “enviado de Deus – que ele era divinamente comissionado. Embora ele negue que ele era “o Messias,” ainda assim ele não nega que ele fora enviado do ou pelos céus numa importante missão para os seres humanos. Alguns tem suposto que o objetivo único desse evangelho era mostrar que João não era o Messias. Embora não haja nenhum fundação para essa opinião, ainda assim não há dúvida que um dos objetivos era mostrar isso. O objetivo principal era mostrar que “Jesus era o Cristo”, João 20:31. Para fazer isso, era próprio, no princípio, provar que “João” não era o Messias; e isso pode ter sido naquele tempo um assunto importante. João fez muitos discípulos, Mat 3:5. Muitas pessoas supunham que ele podia ser o Messias, Lucas 3:15; João 1:19. “Muitos desses discípulos de João permaneceram” em Éfeso, “o mesmo lugar aonde se acredita que João escreveu seu evangelho, muito depois da acessão de Jesus,” Atos 19:1-3. Não é improvável não ter havido muitos outros seguidores de João, e talvez muitos que supunham que ele era o Messias. Nesse respeito, era importante para o evangelista mostrar que João “não era o Cristo,” e mostrar também que ele, que era extensivamente aceito como profeta, era uma “testemunha” importante para provar que Jesus de Nazaré era o Cristo. O evangelista nos primeiros quatro versículos afirma que “a Palavra” era divina; ele agora procede a afirmar que ele era um “homem”, e era o Messias. A primeira evidencia fornecida é o testemunho de João Batista.



Fonte: Albert Barnes' Notes on the Bible