Esaú (Part. 2)

Eventos Posteriores. Em algum momento durante os 20 anos em que Jacó estava ausente, Esaú começou a desenvolver interesses em Seir, o campo de Edom. (Gên 32:3; Jos 24:4) Parece que só foi anos mais tarde que ele se mudou definitivamente para lá, levando para Seir sua família e todos os seus bens. (Gên 36:6-8) Quando Jacó retornou a Canaã, ficou bastante alarmado ao saber, pelos mensageiros que enviara, que Esaú, junto com 400 homens, estava vindo ao seu encontro. O motivo de Esaú vir com um grupo de 400 homens talvez fosse para impressionar seu irmão com a sua força superior, ou possivelmente para mostrar que ele era um poderoso maioral. Jacó, depois de orar a Yehowah, mandou adiante de si um generoso presente de mais de 550 cabeças de gado. Jacó, ao ver Esaú, humildemente “foi curvar-se por terra, sete vezes, até chegar perto de seu irmão”. Esaú foi então correndo ao seu encontro, abraçou Jacó, lançou-se ao pescoço dele e beijou-o. Ambos romperam em pranto. Esaú, no começo, recusou o presente de gado, de Jacó, dizendo: “Eu tenho muitíssimos, meu irmão. Continue teu o que é teu.” Todavia, às instâncias de Jacó, Esaú finalmente aceitou o presente. Ele se ofereceu então a acompanhar Jacó, mas o seu irmão, com tato, rejeitou isso, bem como a proposta posterior de Esaú, de colocar à disposição de Jacó alguns dos seus homens, provavelmente para proteção. Esaú e seus homens partiram então e retornaram a Seir. O registro bíblico menciona que, uns 23 anos mais tarde, quando Isaque morreu, Esaú e Jacó sepultaram seu pai. — Gên 32:6, 7, 10-15; 33:1-3, 8, 9, 11-16; 35:29.

Ilustrados Princípios Divinos. A personalidade de Esaú mostra claramente que a escolha de Jacó como antepassado do Descendente (ou Semente) prometido não era arbitrária, nem era um favoritismo desarrazoado por parte de Deus. A falta de apreço de Esaú por coisas espirituais, junto com a sua forte tendência de satisfazer desejos carnais, tornaram Esaú inapto para estar na linhagem direta da Semente prometida. Daí, as palavras de Yehowah, por meio do seu profeta Malaquias: “Mas a Jacó eu amei e a Esaú eu odiei.” Esaú não consta entre os da nuvem de testemunhas fiéis alistadas em Hebreus, capítulo 11, quando Paulo diz: “Pela fé Abraão . . . morava em tendas, com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesmíssima promessa.” — Mal 1:2, 3; He 11:8, 9; 12:1.

Escolher Yehowah a Jacó, em vez de a Esaú, mostra que a escolha Dele não depende dos ditames do homem. O apóstolo Paulo usa este incidente como ilustração de que os verdadeiros filhos de Abraão não necessariamente são os descendentes carnais, nem os que dependem das suas próprias obras, mas sim aqueles que têm fé igual a Abraão. — Ro 9:6-12.

Esaú é apresentado aos cristãos como exemplo de aviso, para que não se tornem culpados, assim como o materialista Esaú, de falta de apreço por coisas sagradas ou espirituais. — He 12:16.